Levantamento foi divulgado pelo Bradesco Seguros, que também lançou site para medir índice de longevidade
(Foto: Fabio@casadaphoto.com.br)
Uma pesquisa do grupo Bradesco Seguros, em parceria com o Instituto de Pesquisa Locomotiva e o especialista em envelhecimento Alexandre Kalache, mostra que as pessoas mais velhas têm uma vida mais ativa e satisfatória do que os jovens no país. O dado foi revelado durante o lançamento do Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), nesta segunda-feira (7), índice que mede uma série de conceitos de bem-estar da população.
O estudo também desfaz o preconceito de 80% dos entrevistados, que atribuem aos idosos conceitos mais conservadores. Essa foi a avaliação do gerontólogo Alexandre Kalache durante a apresentação da pesquisa.
A pesquisa mostra ainda que nove em cada dez pessoas dizem ter algum conhecimento sobre o conceito de longevidade, mas somente 38% sabem exatamente o seu significado. O diretor de marketing do grupo Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira, afirmou que a empresa tem “um compromisso de longa data com a longevidade” e que sempre busca “novas formas de trazer o tema para o nosso dia a dia”.
Em uma escala de 0 a 100, que avalia parâmetros desde saúde física e mental até interações sociais e educação financeira, a média da população brasileira é de 64 pontos – ressaltando que há espaço para melhorias em termos de conhecimento e atitudes para uma vida mais longa. Apesar de apenas 46% avaliarem o tema como uma prioridade pessoal, oito em cada dez pessoas têm interesse em adquirir mais conhecimento sobre longevidade.
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(Foto: Divulgação)
O diretor do Instituto Locomotiva, João Paulo Cunha, destacou a complexidade no desenvolvimento do indicador, principalmente pela dificuldade de mensurar os impactos na longevidade dos cidadãos. Ele ressaltou ainda que o ILP não deve ser apenas um número a ser divulgado, mas também deve produzir dados sobre a população e ser uma ferramenta de informação para os usuários.
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Ele explicou que a pesquisa ouviu 1.058 pessoas de todas as regiões brasileiras, de diferentes classes econômicas e recortes raciais. A amostra, segundo ele, “reflete a diversidade da população brasileira para que possamos produzir comparativos sobre como estamos em relação ao conjunto da sociedade na qual vivemos”.
(Foto: Fabio@casadaphoto.com.br)
O conceito que mais impacta a longevidade dos brasileiros, segundo a pesquisa, é o eixo das finanças. Os dados mostram que apenas quatro em cada dez entrevistados possuem reserva financeira para a aposentadoria, embora 49% considerem que a questão financeira contribui para a longevidade.
Ganhando cada vez mais espaço nos debates, a saúde mental também foi um pilar com baixo desempenho. Apesar de 61% das pessoas considerarem que suas ações voltadas à saúde mental contribuem significativamente para a longevidade, apenas 29% afirmam ter muitas oportunidades para realizar atividades de lazer.
O brasileiro demonstra preocupação com os cuidados com a saúde, geralmente associados à longevidade, mas alguns recortes se destacam negativamente: 52% dos brasileiros entre 18 e 29 anos buscam atendimento médico apenas quando estão com problemas graves de saúde; menos de um terço da população consome três ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia; e, nas classes D e E, 10% não costumam consumir esses alimentos.
A reportagem viajou para São Paulo a convite do grupo Bradesco Seguros para participar do lançamento da pesquisa e do Fórum da Longevidade 2024, que ocorre nesta terça-feira (8), no Teatro Bradesco.
Quem desejar fazer a pesquisa do ILP deve acessar o site: www.bradescoseguros.com.br/clientes/vivaalongevidade/indicador-de-longevidade-pessoal.