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Paralisação de caminhões no KM-260 na BR-319 chega ao nono dia

Fila se estende por 10 km ao longo da estrada que liga o Amazonas a Porto Velho

Robson Adriano
online@acritica.com
25/09/2024 às 20:20.
Atualizado em 25/09/2024 às 20:20

(Foto: Dnit)

Chega ao nono dia a paralisação dos caminhões no KM-260, da rodovia BR-319 que liga o Amazonas a Porto Velho, em virtude da seca do rio Igapó-Açú, afluente do rio Madeira. A fila se estende por 10 km ao longo da estrada. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), “essa situação tem causado problemas operacionais nas balsas, que enfrentam dificuldades para realizar a travessia”, informou nesta quarta-feira (25). 

De acordo com o Dnit, as pedras que surgiram com a seca têm causado avarias nas balsas responsáveis pela travessia dos caminhões. “Além de diversas ocorrências de avarias, provocadas pelo afloramento de pedras em função do baixo nível do igarapé”, informou o departamento. O rio Madeira nesta segunda-feira (23) atingiu 25 centímetros de profundidade, menor número de 1967, ano em que começou o monitoramento.

“A operação das balsas no local é objeto de outorga da ANTAQ (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), que concedeu o serviço à empresa Amazônia Navegações. O DNIT, em colaboração com a ANTAQ, está estudando soluções para amenizar os impactos dessa situação. As ações conjuntas incluem melhorias nas rampas de acesso pelo DNIT, enquanto a ANTAQ buscam junto à empresa melhorias operacionais no serviço existente, com o objetivo de diminuir o tempo de travessia com a consequente diminuição das filas”, informou o DNIT.

A reportagem procurou a ANTAQ, para saber quais medidas serão tomadas para agilizar o processo de transporte de caminhões, no entanto, a agência informou que “regula o setor aquaviário” e recomendou “entrar em contato com a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre)”. A ANTT foi contatada e até o fechamento dessa matéria não tivemos resposta. A matéria será atualizada assim que o posicionamento for enviado. 

Nas redes sociais, os motoristas que estão na fila compartilham a atualização da situação. Em postagem na última segunda-feira (23) um perfil informou que a balsa que faz o transporte dos  veículos encalhou duas vezes e uma carreta quebrou o eixo. “Equipe do Dnit e a empresa realiza na rodovia estão trabalhando para ajustar a entrada e saída de veículos na balsa”, consta na publicação. 

Porto fechado

A Sociedade dos Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph/RO), responsável pela administração do porto de Porto Velho, interrompeu as atividades de armadores e operadores portuários na última segunda-feira (23). “Essa paralisação afeta a movimentação de granéis sólidos, como milho, soja e fertilizantes, além de granéis líquidos, como massa asfáltica e biocombustíveis, e cargas gerais, incluindo alimentos, bebidas e veículos”, informou o Soph.

Segundo a Soph, “as operações no Porto de Porto Velho só serão retomadas quando o nível do rio subir e as condições de navegação se tornarem seguras”. E ainda informou que “o Porto de Porto Velho  movimenta cerca de 200 mil toneladas de mercadorias, mas esse volume costuma cair para 40% durante a seca. Em setembro, esperava-se movimentar 100 mil toneladas, mas a crise hídrica inviabilizará essa meta”. 

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