Preso em flagrante

Operação Emergência 192: Prefeito de Rio Preto da Eva é preso em flagrante por porte ilegal de arma

Também foram presos em flagrante o cunhado e o segurança do prefeito

Joana Queiroz
28/09/2023 às 11:55.
Atualizado em 28/09/2023 às 11:55

(Foto: Paulo Bindá)

O prefeito de Rio Preto da Eva, (a 138 quilômetros de Manaus) Anderson Souza, o cunhado dele e um de seus seguranças foram presos em flagrante pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (28), pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. 

As prisões ocorreram durante a operação Emergência 192, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal e que tem o objetivo de combater crimes de desvios de recursos públicos e fraude à licitação em contratos firmado pela Prefeitura do Município de Rio Preto da Eva, relacionados à compra de medicamentos hospitalares e uma ambulância, no ano de 2020.

Conforme informações conseguidas por A Crítica, o segurança foi preso em um sítio de propriedade do prefeito, o local onde Anderson e cunhado foram presos não foi revelado.
Os três foram levados para a o Superintendência da Polícia Federal, na rua Domingos Jorge Velho, 40, Dom Pedro II, Zona Centro-Oeste de Manaus. Anderson vai ser ouvido e em seguida será liberado. A Polícia Federal ainda não explicou as circunstâncias da soltura do prefeito.

Conforme nota da Polícia Federal, a operação mobilizou 25 policiais federais, que cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações.

A investigação se iniciou a partir de denúncia que inicialmente questionava a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação. Adicionalmente, a denúncia levantou suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que sua atividade principal não está relacionada ao setor hospitalar, mas sim ao comércio varejista de materiais de construção.

Durante as investigações, foram apontados indícios de conluio, visto que as propostas apresentadas pelas empresas nas licitações continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, o que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios.

Verificou-se que os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoais e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios. Bem como, os sócios das empresas investigadas foram, em algum momento, assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva e possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação.

A análise dos dados financeiros revelou saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela Prefeitura.

As medidas cautelares de busca e apreensão visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos. 

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