Operações do CMA resultaram em prejuízo de 1,5 bilhão às organizações criminosas em 2024
Nesse período, madeira ilegal, drogas e materiais para crimes ambientais foram apreendidos
General Costa Neves (Foto: Junio Matos)
O general Ricardo Costa Neves, do Comando Militar da Amazônia (CMA), destacou na manhã desta quarta-feira (22) que, em 2024, as operações resultaram em prejuízo de R$1,5 bilhões às organizações criminosas. Além de drogas, as forças militares apreenderam madeira ilegal, mercúrio e objetos usados em crimes ambientais na Amazônia.
“O CMA se sente orgulhoso de formar equipe com as agências federais, estaduais e até municipais para que nós possamos fazer as entregas que a nossa população precisa e merece. Nós tivemos operações de grande vulto, como foi apresentado, nós tivemos resultados palpáveis nas operações na faixa de fronteira, de mais de 1,5 bilhão de reais em termos de objetivos, de resultados”, disse Costa Neves.
O CMA empregou diariamente uma média 1.420 militares e conduziu cerca de 35 operações. Nesse período, foram apreendidos grandes quantidades de madeira ilegal, 178kg de cocaína, 4 toneladas de pasta base, 3 toneladas de skunk e 231kg de mecúrio. Além de 188 dragas e balsas do garimpo ilegal destruídas e 1.963 motores.
Um dos destaques feitos foram os atendimentos médicos às comunidades indígenas, como em São Gabriel da Cachoeira, que o exército realizou 809 partos, sendo 779 de indígenas.
Indígenas com bebê em Hospital Militar de São Gabriel da Cachoeira (Foto: Junio Matos)
“O apoio de saúde aos povos originários, mais de 69 mil atendimentos aos indígenas, realização de partos lá em São Gabriel da Cachoeira, tudo isso nos caracteriza como uma instituição do Estado brasileiro em prol da nossa nação”, ressaltou o general Costa Neves.
O comandante também destacou as ações de “brasilidade”, onde o exército leva atividades sociais e de conhecimento do país para comunidades indígenas. Segundo ele, além das questões sociais, é dever do exército garantir a segurança dos povos originários e do meio ambiente.
“Essa é uma característica, uma missão nossa que nós fazemos com muita intensidade. Mesmo colocando esse aspecto da quantidade de atendimentos médicos que nós fazemos aos povos originários, a proteção do meio ambiente e o combate aos delitos transfronteiriços e ambientais também nas terras indígenas, tem sido uma marca registrada do CMA”, informou.
O general apresentou dados que apontam zero registros de garimpo nos meses de setembro, outubro e novembro dentro do território Yanomami, onde o CMA tem feito ações de combate aos crimes ambientais.
De acordo com o divulgado, a operação referente a esse perímetro, Operação Catrimani II, efetuou 161 prisões e apreendeu 133 toneladas de cassiterita, 227 kg de mercúrio, 26 aeronaves e outros objetos ilegais. Somente nessa operação, foram feitos quase 18 mil atendimentos médicos.
“Nós fazemos isso 24 horas por dia, 7 dias por semana. Como eu ressaltei, fizemos operações no dia de Natal, fizemos operações no ano novo para mostrar o compromisso do Exército Brasileiro, das Forças Armadas, para a preservação do meio ambiente e a preservação da qualidade de vida dos Yanomami”, ressaltou o general.
Operações 2025
Quanto aos planejamentos para 2025, Costa Neves explicou que o exército tem focado em proteger as fronteiras, combater crimes ambientais e proteção aos povos originários e que esse ano, essas metas devem continuar.
“Estamos treinando e nos preparando para a defesa da pátria, para as operações na parte de fronteira, para o apoio ao Amazonas, apoio e respeito aos indígenas e colaborando com o desenvolvimento regional. Nós vamos replicar essas mesmas atividades”.
O comandante também anunciou que Manaus receberá, entre setembro e novembro, o maior treinamento do Exército, promovido pelo Ministério da Defesa. Ele também destacou a repetição das operações que deram certo em 2024.
“Em termos de preparação da nossa tropa. Este ano de 2025, o Ministério da Defesa, reunirá, não somente o CMA, mas as três forças. A maior operação de treinamento das Forças Armadas será na Amazônia, neste ano. Provavelmente em outubro, setembro, outubro, novembro, ainda fechando a data”, informou o comandante.