Segundo moradora, apesar do anúncio de que famílias seriam auxiliadas pela Defesa Civil, maioria dos flutuantes e embarracações escaparam do desbarrancamento, tiveram que ser retirados por custo próprio
Marinelza Magalhães, autonoma (Foto: Junio Matos)
"Nós fomos prejudicados e até o momento, não recebemos ajuda das autoridades. Ninguém veio aqui ver a situação que estamos", disse a autônoma Marinelza Magalhães, mostrando as mercadorias que ela vende sendo perdidos pela falta de energia em seu flutuante, que foi retirado do local por orientação da Defesa Civil, após o desbarrancamento de terra que deixou uma criança de seis anos e um homem de 37 anos desaparecidos nessa segunda-feira (7), no Porto da Terra Preta, em Manacapuru, região metropolitana de Manaus.
Ainda conforme o relato da moradora do flutuante, apesar do anúncio de que as famílias iriam ser auxiliadas pela Defesa Civil, a maioria dos flutuantes e embarracações que conseguiram escapar do desbarrancamento, tiveram que ser retirados por custo próprio, sem nenhum tipo de auxílio.
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Para piorar ainda mais a situação, os din-dins e poupas de frutas congeladas que dona Marinelza utiliza usa para vender em sua mercearia e tirar o seu sustento está se estragando dentro de freezers, que no local que o flutuante foi, não há energia elétrica e água potável, para fazer o básico, ela está utilizando dos garrafões de água que venderia no Porto.
Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (8), o prefeito de Manacapuru chegou a firmar que somente uma família está sendo assistida pelo órgão municipal da Defesa Civil, apesar de que pela manhã, o Coronel Clóvis Araújo, secretário executivo da Defesa Civil do Estado, disse que em uma ação conjunta, orientaram as famílias dos flutuantes a saírem do local por conta de risco eminente de novos deslizamentos.
Flutuantes foram deslocados para o outro lado do rio, após desbarrancamento
A Crítica solicitou uma nota da Prefeitura de Manacapuru se nesta quarta-feira, uma equipe de Defesa Civil do município irá realizar uma visita a estas famílias que foram transferidas para a outra margem do Rio Negro.