A manifestação tem como foco a luta pela redução da jornada semanal, em alinhamento com um movimento nacional ‘Vida Além do Trabalho’ (VAT)
(Foto: Agência Brasil)
Um grande ato público será realizado em Manaus, nesta sexta-feira (15), por movimentos sociais, sindicais e estudantis, às 9h, na Avenida Autaz Mirim, bairro Novo Aleixo, para protestar contra a escala de trabalho 6x1, vigente atualmente no Brasil.
A manifestação tem como foco a luta pela redução da jornada semanal, em alinhamento com um movimento nacional ‘Vida Além do Trabalho’ (VAT), uma iniciativa que ganhou força com a crescente pressão popular para repensar as dinâmicas do mercado de trabalho no país.
A ideia defendida atualmente no Congresso Nacional foi formalizada em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), inspirada na ideia do fundador do VAT, Rick Azevedo, um ex-balconista de farmácia que se elegeu vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro na última eleição.
“Nosso objetivo vai além de modificar uma jornada; queremos criar um espaço onde a qualidade de vida dos trabalhadores seja prioridade,” afirma Wendel Mourão, ativista defensor dos direitos trabalhistas e um dos organizadores do ato em Manaus.
No Amazonas, a proposta conta com o apoio de parlamentares como os deputados Amom Mandel (Cidadania), Fausto Júnior (União Brasil), Átila Lins (PSD-AM), e Sidney Leite (PSD), mas mobilização popular e a ampla repercussão do tema nas redes sociais vêm encorajando outros representantes a se posicionarem a favor da causa.
O ato contará com discursos, faixas e depoimentos de trabalhadores que convivem diariamente com os impactos da escala 6x1, buscando sensibilizar a população e ampliar a adesão à luta. “A visibilidade desse movimento é essencial para alcançarmos condições de trabalho mais dignas e justas para todos”, enfatiza Mourão.
A iniciativa nacional por trás do ato ganhou impulso ao longo do último ano e reflete a crescente insatisfação dos trabalhadores com modelos de trabalho que comprometem a saúde física e mental. O movimento segue ganhando apoio, impulsionado por lideranças comprometidas com a valorização da dignidade no trabalho e pela expectativa de transformações significativas nas relações trabalhistas no país.