Eles reivindicam os repasses do subsídio da gratuidade estudantil
(Foto: Nilton Ricardo (freelancer))
Trabalhadores do transporte alternativo “amarelinho” protestam em frente à sede do Governo do Amazonas nesta segunda-feira (18) por falta de repasses do subsídio da gratuidade estudantil. Todos 259 ônibus da categoria estão paralisados, em Manaus.
A manifestação começou no início da manhã em pontos de concentração na Avenida do Turismo e na Avenida Margarita, por volta de 7h os ônibus se encaminharam para a frente da sede do executivo estadual, no bairro compensa. Com faixas, eles protestam contra o atraso no pagamento da gratuitidade estudantil, sem ser repassada desde julho deste ano, segundo os manifestantes.
O repasse é um subsídio fruto de um convênio entre Prefeitura (30%) e Governo do Estado (70%) gerenciado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) dividido em seis parcelas anuais de R$ 20 milhões, cada uma delas referente a dois meses do ano. Segundo o representante jurídico da categoria, Íkaro Amore desde julho o pagamento não é feito pela UGPE.
Representante jurídico da categoria, Íkaro Amore (Foto: Nilton Ricardo)
“A partir de julho não pagaram mais então tem duas parcelas de R$ 20 milhões em aberto referente a julho/agosto e setembro/outubro. Então tem R$ 40 milhões em aberto, faltando o repasse” explicou.
O valor total é destinado para o todo o sistema de transporte coletivo, do montante de R$ 40 milhões, a maior parte vai para as empresas do transporte convencional e R$ 6 milhões para os “amarelinhos”. O presidente da cooperativa da classe, Venício José, explicou que sem o repasse os microônibus não têm como “rodar” pela cidade porque falta dinheiro para comprar o combustível e fazer a manutenção.
Venício disse há 30 dias tenta contato com a UGPE para saber o motivo do atraso e também a previsão de pagamento para a classe, mas sem respostas. O presidente da cooperativa disse que a “gota d’água” ocorreu na última quinta-feira (14), quando foram até a sede do órgão para cobrar as explicações, segundo ele, sequer foram atendidos.
O presidente da cooperativa da classe, Venício José (Foto: Nilton Ricardo)
“Nós estivemos lá das 8h até às 14h e não fomos atendidos. A secretaria tratou a gente dessa forma então nós optamos por fazer a paralização” disse Venício.
A equipe de A Crítica entrou em contato com a assessoria de comunicação da UGPE e aguarda uma resposta que será incluída nesta reportagem tão logo for recebida.
Os representantes dos “amarelinhos” disseram que a paralisação vai se manter até que alguém do executivo estadual os atenda. Eles afirmaram ter comunicado a decisão ainda na quinta-feira tanto para o Estado quanto para o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), da Prefeitura de Manaus.
(Foto: Nilton Ricardo (freelancer))
Nesta manhã, a única reposta que tiveram foi da segurança da sede do Governo que solicitou a retirada dos veículos do local.