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Geógrafo alerta para risco de acidentes em rochas no Rio Negro

Marinha diz que área já foi identificada e sinalização será consertada

Waldick Junior
waldick@acritica.com
16/09/2024 às 19:17.
Atualizado em 16/09/2024 às 19:17

(Foto: Divulgação)

A seca no rio Negro fez aumentar o risco de embarcações se acidentarem em uma formação rochosa localizada a 700 metros do bairro Educandos, na zona sul da cidade. A área possui fluxo intenso de lanchas e barcos que fazem viagens para o interior do estado ou de turismo nas proximidades da capital amazonense.

O alerta é do professor aposentado José Alberto Lima de Carvalho, doutor em Ordenamento Territorial e Ambiental e especialista em Hidrografia da Amazônia. “Esse afloramento não está sinalizado, colocando em risco a navegação fluvial que é muito intensa em frente à cidade”, afirma.

De acordo com ele, o trecho do rio Negro entre o Estreito do Tupé e o Encontro das Águas é fortemente marcado pela presença de rocha arenítica (formada pela deposição de areia) nas margens e no leito do rio. A formação rochosa próxima ao Educandos possui cerca de 30 metros de altura, estima o geógrafo. 

“Ela aflora na superfície quando o rio Negro atinge a cota de 13,3 metros, mas a partir da cota de 16 metros, mais ou menos, o afloramento já coloca em risco a navegação de maior calado”, avalia.

O especialista visitou a área na seca histórica de 2023 e registrou a formação rochosa, chamada ‘Pedra dos Manaós’ ou ‘Pedra de Belém’. Após medições no local, o geógrafo registrou uma largura aproximada de 90 metros, com 190 metros de extensão. 

“Isso é algo que precisa de atenção urgente, porque pode causar um acidente. A Marinha, que é responsável pela sinalização para a navegação, precisa agir”, aponta o pesquisador.

A reportagem procurou a Marinha do Brasil. Em nota, o órgão informou que a área já está identificada e sinalizada na Carta Náutica n° 4032 (um ‘mapa’ de navegação), “de responsabilidade da Superintendência Estadual de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH)”. 

“O sinal encontra-se destruído. A Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), notificou a SNPH para o restabelecimento do sinal”, disse a Marinha para A CRÍTICA, se referindo à sinalização presencial na formação rochosa.
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