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Família de estudante de biologia do Amazonas busca ajuda após ele sofrer acidente em Rondônia

Ewerthon Batista teve traumatismo craniano após colisão de embarcações, no Rio Guaropé. Ele ficou 20 dias internado em UTI, e agora precisa de ajuda para custear tratamento

Amariles Gama
online@acritica.com
26/11/2023 às 17:21.
Atualizado em 26/11/2023 às 18:03

Ewerthon Batista fazia um trabalho de campo no rio Guaporé, em Rondônia (Foto: Arquivo Pessoal)

Há pouco mais de um mês um grave acidente mudou completamente a vida do estudante de Biologia Ewerthon Batista, de 27 anos. O jovem manauara fazia um trabalho de campo no rio Guaporé, em Rondônia, quando a lancha em que ele estava colidiu com outra embarcação. Ewerthon teve traumatismo craniano, passou mais de 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e agora continua lutando pela vida.  

Ele ainda terá um longo período de reabilitação pela frente e muitos desafios. Por isso, familiares e amigos do jovem resolveram organizar uma campanha solidária para arrecadar doações que ajudarão a cobrir os custos com o tratamento. As doações podem ser enviadas via PIX para a chave e-mail marcelasmbio@gmail.com.

A professora universitária Marcela Magalhães, esposa de Ewerthon, relata que ele foi contratado pela WCS Brasil para realizar o monitoramento de desova de fêmeas da espécie Podocnemis expansa, a tartaruga-da-Amazônia, no rio Guaporé (RO), no período reprodutivo deste ano. Ocasião em que o acidente aconteceu.  

Ewerthon, que é apaixonado pelo mundo das tartarugas, viajou para o município de São Francisco do Guaporé no dia 1º de outubro, e na madrugada do dia 6, quando ele fazia o trajeto para o monitoramento das tartarugas aconteceu a tragédia.  

“Eu conversei com ele no dia 5, a gente ficou conversando até meia noite, ele ficou falando como é que estava lá o trabalho. Ele estava extremamente animado, porque era um sonho dele poder ir para o rio Guaporé fazer o monitoramento das tartarugas de lá, porque é uma região que tem muita tartaruga. E no dia 6, às 3h30, ele me mandou uma mensagem dizendo: ‘amor, estou indo fazer o monitoramento’”, relata Marcela.

Quando Marcela acordou naquele mesmo dia foi surpreendida com ligações e mensagens informando que Ewerthon havia sofrido um acidente no rio, uma colisão entre duas lanchas. Constatado a gravidade do quadro de saúde, ele foi sedado, intubado e transferido para Manaus em uma UTI aérea.  

“E aí começou a mudança total da vida, o desespero, porque não se sabia o que tinha acontecido de verdade, eu perguntava se realmente ele estava vivo, se não tinham mentido, essas coisas... E São Francisco do Guaporé é muito longe, quase divisa com a Bolívia. Aí ele veio transferido para Manaus de UTI aérea, só que ele chegou quase 23h aqui, e foi um desespero pra mim, pra família, sem saber como que ele ia chegar”, relatou.

A partir daí, foram 26 dias internado em uma UTI, sendo duas semanas muito críticas, em que Ewerthon lutou intensamente pela vida. Uma seguradora foi contratada pela WCS Brasil para custear o tratamento em um hospital particular de Manaus, porém, no dia 17 deste mês o hospital comunicou a família que a seguradora iria parar de dar a cobertura a partir do dia seguinte.  

Depois disso, os custos ficariam por conta da família, já que Ewerthon não tem plano de saúde. A família está tentando entrar com uma liminar na Justiça, entretanto, os custos com a internação já somam R$35 mil, e não existe previsão de alta.  

“Ele consegue se comunicar falando ainda que baixo. Tem lembranças dos amigos, familiares e do que fazia e gostava. No entanto, ainda tem momentos de confusão mental. Ele não anda e nem consegue sustentar ainda o tronco e pescoço. Está em um forte processo com fisioterapia e fonoaudiologia”, disse Marcela.  

Ewerthon e sua esposa, a professora universitária Marcela Magalhães (Fotos: Arquivo Pessoal)

Campanha solidária 

Ewerthon ainda não teve previsão de alta do hospital, mas a família foi informada de que quando isso acontecer ele precisará de tratamento médico domiciliar.  

Segundo Marcela, o hospital estabeleceu a caução no valor de R$ 100 mil, caso a família não consiga a liminar.

“Já entramos com uma liminar, mas fica o receio de não conseguirmos. Por isso, toda contribuição ainda é muito importante para continuar o tratamento no hospital e para quando ele voltar para casa”, disse.

Além da vaquinha, cuja meta é R$ 100 mil, familiares e amigos de Ewerthon também estão fazendo rifas, ciclo de palestras e eventos para arrecadar dinheiro. Todas as atividades da campanha solidária são postadas no perfil do Instagram @gpmas.ufam.

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