Na Amazônia, práticas como pesca esportiva e turismo sustentável valorizam os saberes tradicionais e promovem o desenvolvimento econômico, alinhando-se aos princípios do ESG (Environmental, Social, and Governance)
(Crédito: arquivo pessoal)
O ecoturismo desponta como uma alternativa econômica promissora para comunidades ribeirinhas da Amazônia, unindo preservação ambiental e geração de renda. Dados da Organização Mundial de Turismo (OMT) mostram que cerca de 10% dos turistas globais buscam experiências ecológicas, gerando um faturamento mundial estimado em 260 bilhões de dólares. Na Amazônia, práticas como pesca esportiva e turismo sustentável valorizam os saberes tradicionais e promovem o desenvolvimento econômico, alinhando-se aos princípios do ESG (Environmental, Social, and Governance).
De acordo com o advogado especialista em Direito Ambiental, Dr. Kairo Ícaro, "o ecoturismo é uma solução estratégica para a integração entre o desenvolvimento local e a preservação do meio ambiente, promovendo não só a sustentabilidade, mas também a inclusão social".
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Iniciativas como a do Sítio São José, no Rio Jufari, Roraima, ilustram o impacto positivo dessas atividades. O local adotou o modelo de pesca esportiva "pesque e solte", que reduz impactos sobre a fauna e gera oportunidades para mais de 30 ribeirinhos, atuando como guias, cozinheiros e outros papéis no turismo local. Dr. Kairo Ícaro observa: "Esses modelos de ecoturismo não só preservam a biodiversidade, mas também geram emprego e estimulam o fortalecimento da identidade cultural das comunidades". Além disso, essas práticas fortalecem o senso de pertencimento e ajudam a conter o êxodo rural, valorizando o patrimônio natural e cultural das comunidades.
Apesar do potencial, o avanço do ecoturismo exige investimentos em capacitação, infraestrutura e divulgação. Dr. Kairo enfatiza: "Para que o ecoturismo alcance todo o seu potencial, é essencial que governos e empresas privadas se comprometam com políticas públicas voltadas à formação, estruturação e promoção dessas atividades". O avanço dessas iniciativas, somado a incentivos fiscais e suporte técnico adequado, pode assegurar que o ecoturismo seja mais do que uma atividade econômica, mas um caminho viável para que o desenvolvimento e a preservação ambiental caminhem juntos, garantindo um legado de sustentabilidade para as próximas gerações.