Musk x STF

Com X fora do ar, brasileiros migram para redes similares

Aplicativos Bluesky e Threads ficam entre os mais baixados nas lojas de Apps

Waldick Júnior
waldick@acritica.com
31/08/2024 às 09:32.
Atualizado em 31/08/2024 às 09:32

A rede social X deixou de funcionar, no Brasil, pouco após a meia noite deste sábado, no horário de Brasília (Foto: AFP)

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a rede social X (antigo Twitter) está oficialmente fora do ar no Brasil. O magistrado tomou a medida após a empresa retirar o escritório do país em meio a processos judiciais em andamento e multas não quitadas junto à justiça. A decisão de deixar o Brasil foi do bilionário Elon Musk, dono da plataforma.  

O aplicativo deixou de funcionar pouco após a meia noite deste sábado (31), no horário de Brasília, e rapidamente houve uma migração de usuários para redes sociais similares. As duas mais escolhidas são o Bluesky, criado por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, e o Threads, da empresa Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Ambas são, hoje, os Apps mais baixados nas lojas de celular.

Usuários estão migrando, no Brasil, para redes sociais similares ao X como o Bluesky, criado por Jack Dorsey, e o Threads, da empresa Meta (Foto: Reprodução/Internet)

Na própria rede social, o Bluesky divulgou que 500 mil novos usuários criaram contas na plataforma em apenas dois dias. Já neste sábado, o site atingiu a marca de um milhão de contas logadas simultaneamente.

Além de ordenar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que determinasse aos provedores de internet a banição do X, a decisão do ministro Alexandre de Moraes prevê multa de R$ 50 mil por dia a brasileiros que utilizarem de recursos como VPN (Rede Privada Virtual) para tentar acessar o site. 

A decisão repercutiu nos principais jornais do mundo e foi capa do The New York Times, um dos principais impressos dos Estados Unidos. A maior parte dos veículos  trata a decisão do Brasil como uma derrota a Elon Musk, que adquiriu o X em meio a uma promessa de garantir um espaço onde haveria “liberdade de expressão”.

Na prática, perfis no X começaram a criticar falta de punição a publicações com discursos racistas, nazistas e de outras formas de preconceito.
Para Moraes, Elon Musk e a rede social estavam incentivando discursos extremistas, além de praticar obstrução à justiça ao não cumprir com decisões para bloqueio de contas no X e ao não apresentar um representante legal no país. 

Após a decisão do ministro brasileiro, Musk fez uma publicação com uma imagem gerada por inteligência artificial de Moraes preso. “Um dia essa imagem se tornará real”, escreveu o dono da rede social.

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