Nacionalmente, o Agir apoia a eleição de Lula, que puniu o pastor o deixando sem recursos para bancar a campanha de senador, segundo ele
Nacionalmente, o Agir apoia a eleição de Lula, que puniu o pastor o deixando sem recursos para bancar a campanha de senador, segundo ele (Foto: Maria Luiza Dacio)
O candidato ao Senado do Agir pelo Amazonas, o pastor Peter Miranda, afirmou que a sua campanha é alvo de perseguição por ele se negar a apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No plano nacional, o Agir apoia a eleição de Lula, que puniu o pastor o deixando sem recursos para bancar a campanha de senador, segundo ele.
Peter Miranda é o sexto e último entrevistado da série de entrevistas com candidatos ao Senado do podcast As Amazonas e colab com o portal acritica.com.
“Quando o meu partido me convidou para ser o presidente no Amazonas, me deu a liberdade de apoiar o presidente (Bolsonaro), que é o meu presidente. Apenas estão fora dessa coligação do Lula, o Amazonas, Rondônia e Paraná. Os acordos não foram cumpridos. Fui pressionado pelo partido. Não recebi recursos do fundo eleitoral exatamente por isso. Uma retaliação”, disse o candidato.
Questionado sobre o uso político da religião para obter dividendos eleitorais, Peter concordou que o uso político da fé é condenável. Ele afirmou que pregou em várias igrejas evangélicas do Amazonas, mas que em nenhuma delas usou o “púlpito para pedir votos”.
“Nas igrejas que pastorei até hoje nunca permiti que políticos subissem ao púlpito para falar de política. Ali (altar) não é local de política. Ali é lugar para você orientar as pessoas e de convencer as pessoas”, respondeu o pastor.
O candidato disse que, caso seja eleito, vai trabalhar para viabilizar projeto para tirar o Amazonas do isolamento terrestre através de uma saída pelo Estado do Pará.
“É um projeto chamado Ponte de Safena. Já existem estradas vicinais e vamos construir duas pontes sobre o Rio Amazonas e uma sobre o Rio Tapajós e vamos tirar o Estado do isolamento, saindo por cima do Pará”, detalhou o pastor.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Peter Miranda afirmou que para o Amazonas avançar na economia, o estado tem que copiar a República Popular da China, governada por uma ditadura comunista.
O pastor reconheceu que apesar de a China ser comunista, o país fez avanços como a superação da pobreza e criação de 300 milhões de milionários.
“Conheci a China há 38 anos. Ela era igual a nossa Amazônia, não tinha estrada, não tinha ponte. (...) Isso tudo fruto do trabalho e da capacitação do investimento. 'Ah, é um governo comunista'. É! Mas ao mesmo tempo é um governo capitalista. O que nós precisamos é fazer com que o Amazonas copie o que eu vi lá na China”, sugeriu o pastor evangélico.
Todas as seis entrevistas feitas no podcast As Amazonas estão no YouTube do portal A CRÍTICA. e também podem ser ouvida no perfil d'As Amazonas no Deezer e no Spotify.