Amazonas é o quarto estado mais procurado para alistamento feminino
Números colocam a unidade entre as mais procuradas da federação para entrada voluntária nas Forças Armadas
(Foto: Reprodução)
O Amazonas ficou entre as unidades federativas mais procuradas por mulheres que querem o alistamento voluntário, iniciado no dia 2 de janeiro. Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), até essa sexta-feira (3), 471 inscrições femininas foram feitas para o alistamento de soldado, sendo 408 apenas na cidade de Manaus.
O número elevado em pouco tempo coloca o Amazonas como o quarto maior destino de mulheres interessadas no alistamento militar entre os 26 estados e o Distrito Federal. Até sexta, cerca de 7 mil jovens já se inscreveram para o serviço voluntário em todo o território nacional.
Ainda assim, esse número pode se alterar consideravelmente visto que as inscrições estão abertas até 30 de junho de 2025. As interessadas podem realizar o alistamento por meio do site oficial do Exército Brasileiro (www.alistamento.eb.mil.br) ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar do município.
Em nota, o CMA destaca que a incorporação das mulheres voluntárias ocorrerá somente em 2026. Para a cidade de Manaus, o número de vagas disponíveis é de 43.
Nacional
Segundo o gráfico disponibilizado pelo CMA, o estado mais procurado até o momento foi o Rio de Janeiro, com mais de 2 mil inscrições, seguido por São Paulo e Distrito Federal. Constam ainda no top 10 dos estados mais procurados: Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará.
O alistamento voluntário feminino tem ao todo 1.465 vagas disponibilizadas às mulheres que completam 18 anos em 2025. A primeira fase será feita on-line ou presencialmente nos 28 municípios contemplados no Plano Geral de Convocação. Será levado em conta a disponibilidade de vagas, a aptidão da candidata e a especificidade exigida pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.
Na sequência, a seleção das alistadas atende aos critérios das Forças Armadas, aos testes físicos e aos resultados de inspeções de saúde, que incluem exames clínicos e laboratoriais. As candidatas que não comparecerem à seleção serão consideradas desistentes.
As selecionadas serão incorporadas no 1º ou 2º semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha. Essa é a etapa limite em que é possível manifestar o desejo pela desistência.
Embora voluntário, a partir dessa fase o serviço militar passa a ter caráter obrigatório, com deveres e direitos. Assim como no alistamento masculino, o serviço militar feminino tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos, conforme critérios estabelecidos pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. Após o desligamento, as voluntárias vão para a reserva não remunerada.