Denúncias foram feitas por meio de publicações em vídeo nas redes sociais por seis jogadoras
(Foto: Reprodução)
Menos de um mês para o inicio do Barezão Delas, jogadoras do Holanda denunciaram diretores do clube por assédio e ameaças. As denúncias foram feitas por meio de publicações em vídeo nas redes sociais por seis jogadoras.
Elas expuseram assédio contra uma atleta de menor de idade e um registro boletim de ocorrência. Ainda conforme as atletas, após levarem o caso de assédio à polícia, a diretoria iniciou séries de ameaças.
Na publicação, as contratadas citam ainda dificuldade para voltar para casa, uma vez que vieram de outros Estados. Além das propostas acordadas não estarem sendo cumpridas.
O caso tornou proporção depois que o Arquibancada Feminina divulgou o pedido de ajuda. Segundo relato de uma das atletas a página, a alimentação não é adequada e as atletas pedem ajuda para voltar para suas casas.
"Propostas sexuais e maliciosas foram feitas a atletas menores de idade, assim com atletas com mais de 18 anos. Massagens em troca salário alto, saída do país. A comida é pouca e ruim, e quando tem é dividida para duas atletas. O local que ficamos não tem segurança nenhuma, estamos com medo. Pedimos ajuda de todos para voltar às nossas cidades, fizemos um vídeo para que se algo de pior, mas polícia não fez nada, tudo foi denunciado”, consta.
O A Crítica entrou em contato com o diretor citado, Jones Xavier. Sobre a denúncia de assédio contra ele, Xavier disse que após a acusação, a atleta viajou para sua cidade de origem, em contrapartida, ele registrou sete boletins de ocorrência contra a mesma.
“Ela me denunciou no dia e no outro ela foi embora para a cidade dela e não ficou aqui em Manaus para sustentar a acusação. Eu fiz sete boletins de ocorrência contra ela e contra a família dela, já passei para o meu advogado e ele está cuidando do caso”, declarou.
Segundo a denúncia, o diretor teria oferecido uma proposta para a atleta jogar fora do país em troca de uma massagem. Após negar a proposta, a jogadora foi informada que tinha uma multa a ser paga por conta da transferência e por esse motivo foi dispensada e informada que teria que retornar à sua cidade de origem.
O diretor também negou ameaças e disse que não entendia o porquê das denúncias. “Sobre a denúncia de ameaças, jamais ninguém, do Holanda ameaçou nenhuma atleta, nem eu, nem o presidente, nem outros diretores, nunca existiu esse tipo de ameaça. Eu não sei até agora por qual motivo elas fizeram um boletim de ocorrência, se sentindo ameaçadas. Elas também reclamaram sobre passar fome, é outra mentira porque eu tenho todos os comprovantes de pix que eu passava diariamente para elas tomarem café, almoçar e jantar lá na Vila Olímpica”, explicou.
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) se manifestou em sua rede social e comunicou a transferência das atletas do Vila Olimpíada para um hotel. Segundo a nota, a entidade irá apurar as declarações e punir os responsáveis.
“Iremos resgatar imediatamente essas mulheres, colocá-las em um hotel, alimentá-las e ouvi-las para entender o fato e assim buscar punir os culpados.