Geração 2008

‘Sangue novo’ no Robô

Pelo Manauara, Allef, Daniel Neto e Luca foram vice-campeões estaduais na categoria sub-16 e, nesta temporada, integram o time principal

DeJota
04/01/2025 às 12:42.
Atualizado em 04/01/2025 às 12:42

Além dos vários compromissos do elenco profissional, disputados no ano de 2024, as equipes de base do Manauara também conseguiram se destacar. No Amazonense Sub-16, o Robô foi vice-campeão e, no Sub-19, foi até a fase semifinal (Paulo Bindá)

Terceiro colocado na classificação geral do último Barezão, o Manauara Esporte Clube entra em 2025, mais uma vez, como um dos fortes candidatos ao título estadual. Em 2023, o Robô da Amazônia fez sua melhor campanha, conquistando o vice-campeonato e, desde então, vem obtendo bons resultados para chegar às competições nacionais.

Além do estadual, o Manauara também volta a disputar em 2025 o Campeonato Brasileiro - Série D, competição onde acabou eliminado nas oitavas de final em 2024, nos pênaltis, para o Retrô-PE - que posteriormente conquistou o título. Mas além dos compromissos do elenco profissional, as equipes de base também conseguiram se destacar. No Campeonato Amazonense Sub-16, o Robô foi vice-campeão e, no Sub-19, foi até a fase semifinal.

Na campanha do vice-campeonato na categoria sub-16, o Manauara somou cinco vitórias, um empate na fase semifinal - avançando nos pênaltis - e uma derrota, justamente na disputa pelo título. Três destes atletas do Robô, todos da geração 2008, deram um salto na carreira, assinando profissionalmente com o clube e passando a treinar com a equipe principal: o goleiro Allef, o volante Daniel Neto e o atacante Luca.

Com apenas 16 anos e muitos sonhos a serem realizados, os três jogadores concederam entrevista exclusiva, contando sobre o convite recebido pelo Manauara para assinarem seus primeiros contratos profissionais, a rotina exaustiva dos treinamentos e, claro, a expectativa de poderem entrar em campo pelo time principal do Robô da Amazônia.

Allef, o goleiro

O goleiro Allef Valentim Nunes Glória realizou apenas duas partidas pela equipe sub-16 e um jogo pelo time sub-19 do Manauara. Na semifinal diante do Holanda, pela semifinal do Amazonense Sub-16, o goleiro brilhou após o empate sem gols no tempo normal, garantindo a classificação nos pênaltis após defender duas cobranças adversárias.

“Já estou aqui desde fevereiro do ano passado e me sinto privilegiado, sempre sonhei muito com isso. Sou de Parintins e, lá na minha cidade, eu já treinava há dois anos. Para ser sincero, ainda não caiu a ficha de que estou integrando o elenco profissional, mas em algum momento ela vai cair e estamos trabalhando muito para poder alcançar todos os nossos objetivos”, declara.

Além de Allef, o Manauara tem como opções para a meta: Gabriel Félix e Marlon, remanescentes da última temporada; e Guilherme Boer, em sua primeira passagem pelo clube. O responsável por comandar a preparação dos quatro atletas é o ex-goleiro Iúna, tricampeão estadual na função de preparador de goleiros, sendo em 2007 e 2015 pelo Nacional e, em 2020, pelo Penarol. O jovem valorizou a oportunidade de trabalhar com o profissional de 50 anos - sendo mais de 25 deles dedicados à profissão de goleiro.

“O Iúna sabe demais, um profissional de ponta que já foi goleiro. É uma satisfação e uma honra treinar com ele, pois tenho muito a aprender com ele, ganhando experiência e aperfeiçoando a parte técnica e aplicá-la na prática dentro de campo. Estou ganhando muita experiência e maturidade dentro e fora de campo, algo que é essencial para todo atleta”, encerra.

Daniel Neto, o volante

O volante Daniel Catulino Sevalho Neto atuou em todas as sete partidas do Manauara no Campeonato Amazonense - Sub 16, sendo titular em seis destes confrontos e marcando um gol. De forma descontraída, Daniel Neto revela que ficou bastante surpreso quando lhe propuseram assinar seu primeiro contrato como profissional.

“Essa notícia foi ‘do nada’. Eu estava no treino pela manhã e, logo que terminou, o presidente me chamou para ir na sala dele e perguntou o que eu achava de assinar como profissional hoje. Eu fiquei meio em choque na hora, perguntei ‘cadê o papel, cadê a caneta’, fiquei doido para assinar. Disse que ia falar com meus pais, pois sou de menor, daí eles vieram comigo até o clube e meu contrato foi assinado”, conta.

Além do vice no Amazonense Sub-16, Daniel Neto, que chegou em abril do ano passado ao Manauara, também atuou em três partidas do Amazonense Sub-19, marcando um gol de falta na campanha do clube até a fase semifinal. Com calendário cheio para 2025, o volante almeja dar sua ‘parcela de contribuição’ e, quem sabe, levantar taças pelo Robô da Amazônia.

“Me destaquei na base, durante o estadual sub-16, quando chegamos na final. Não conseguimos ser campeões, mas chegamos perto. Estou treinando a quase um mês com o elenco profissional e tem sido uma experiência ótima, única, porque não é todo garoto que vive isso que estou vivendo agora, ainda mais nessa idade de 16 anos. Teremos muitos campeonatos neste ano e, se Deus quiser, espero entrar em campo e, quem sabe, me destacar”, conclui.

Luca, o atacante

O atacante Luca Maneta Michetti esteve presente em seis das sete partidas do Manauara pelo Amazonense Sub-16. Nos cinco primeiros jogos, Luca entrou no decorrer do jogo e balançou as redes em duas oportunidades. Na grande final, teve sua grande chance como titular, porém, o título não veio. No Amazonense Sub-19, foram apenas dois jogos disputados - também saindo do banco -, passando em branco nas quartas de final e marcando duas vezes na semifinal.

“2024 foi meu primeiro ano jogando pelo Manauara, atuando no sub-16 e no sub-19. Recebi a notícia do presidente, de que iria assinar como profissional, ao final do Amazonense Sub-19, em novembro. Fiquei muito feliz, porque é uma oportunidade única para melhorar meu futebol e também entender o nível do futebol profissional. Uma coisa que pesou muito para mim foi a rotina de treinos, pois é muito intenso, exigente e, querendo ou não, ainda não estava no nível dos profissionais”, explica.

A rotina de treinamentos com o elenco principal foi o momento mais complicado para Luca no início de sua nova jornada. Precisando se doar ao máximo, como se precisasse fazer o dobro de esforço para acompanhar os mais experientes, o atacante mostrou otimismo no que diz respeito a ter uma oportunidade de atuar, pela primeira vez, como atleta profissional.

“Acho que amadureci bastante, pois ao conversar com os profissionais no dia a dia, eles agregam bastante nas suas atitudes, dentro e fora de campo. Estou bem confiante e sei que tudo só depende de mim, então estou dando meu máximo nos treinos, me esforçando muito para que minha hora possa chegar. Espero entrar em campo no estadual ou na Série D, defendendo o Manauara”, finaliza.

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