O projeto do qual participam mais de 150 atletas tem colaborado na formação de crianças e jovens e, mais do que isso, tem revelado campeões
O projeto tem colaborado na formação de crianças e jovens de Manaus (Foto: Divulgação)
Os lutadores do projeto Jovens embaixadores vêm se destacando cada vez mais no cenário do jiu-Jitsu amazonense. Em 2024, os Jovens embaixadores ficaram entre as cinco melhores academias do Amazonas no ranking de luta esportiva da Federação Amazonense de Jiu-Jítsu Profissional (FAJJPRO), e agora, os atletas do projeto irão participar dos torneios da Federação de Jiu-jitsu do Amazonas (FJJAM), com o intuito de crescer ainda mais para que, ao final do ano, o projeto esteja entre as três melhores academias nas duas federações.
Entre os destaques de 2024 do projeto estão Marco Henrique Sudário (infanto-juvenil 1 verde e absoluto); Layz Emanuelle (infanto-juvenil 3 meio pesado); Khaleb Bindá (juvenil 1 azul médio); Natã Amaral (juvenil 2 azul médio); Matheus Parente (juvenil 2 azul médio) e Adam Crespo (adulto azul meio pesado).
Em 2025, os atletas da Jovens Embaixadores já participaram da primeira competição, a II Copa Jungle Classic, realizada no último fim de semana, e com 10 atletas inscritos, a equipe ficou em 4° lugar geral, pois todos conquistaram a vitória em suas respectivas categorias. Assim, os atletas do projeto não simplesmente praticam o Jiu-Jitsu, mas são competitivos e têm se mostrado verdadeiros campeões.
Questionado sobre o segredo do sucesso dos atletas do projeto, Guilherme disse que vem da dedicação: “o sucesso não vem fácil, nós nos dedicamos todos os dias, finais de semana e buscamos treinar sempre mais do que os outros. A palavra de Deus diz que ‘todo trabalho árduo traz proveito’ e é nisso que nos apoiamos”.
O projeto Jovens embaixadores foi criado, nas palavras dos seus idealizadores, com o intuito de usar o poder do esporte e também o poder da fé para criar mudanças sociais e inspirar a próxima geração de atletas. Com sede no bairro Petrópolis, o projeto funciona desde 2021 e hoje atende cerca de 150 jovens carentes e em situação de vulnerabilidade, com aulas gratuitas de jiu-jítsu, MMA e funcional, oferecendo também lanches diariamente aos participantes, com o apoio de vários parceiros.
O projeto conta com profissionais voluntários, como fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e profissionais de educação física. Os faixas pretas Guilherme Torres, Cândido Neto, Christian Augusto, Leonardo Pimentel, Paulo Castro e Alex Nogueira são professores voluntários.
Mais de 150 jovens de Manaus participam do projeto Jovens Embaixadores (Foto: Divulgação)
Guilherme Torres afirma que não é nada fácil manter o projeto ativo, que muitas vezes ele perde a motivação, mas faz do trabalho no projeto um hábito “para que seja feito todos os dias, no automático. Nunca podemos depender de motivação, pois os problemas do dia a dia podem nos paralisar. Tudo isso se trata, na verdade, de fazer o que deve ser feito, ainda que as circunstâncias não estejam favoráveis”, enfatizou.
Quanto ao apoio recebido pelo projeto, Guilherme disse que os Jovens embaixadores têm um lema: “o Deus que dá a visão, dá a provisão. Ele sempre supre nossas necessidades, usando pessoas e até mesmo instituições pública e privadas. Tivemos um grande apoio do Fundo Manaus solidária e do Fundo de promoção social”, explica.
O treinador, faixa preta e campeão mundial de jiu-jitsu, faz também um agradecimento aos funcionários, atletas, pais e patrocinadores do Jovens Embaixadores: “obrigado por nos deixarem viver esse sonho. Agradeço a todos e a Jesus, a honra e glória é toda Dele”.
Atualmente, as vagas para o projeto são para crianças de 10 a 12 anos de idade. Para integrar o projeto, os jovens precisam estar matriculados em escola regular e também não apresentar nota vermelha no boletim. Para se inscrever, é preciso comparecer à sede, no bairro Petrópolis, rua Aderson de Menezes, numero 8, acompanhado dos responsáveis, levando identidade, comprovante de residência e boletim escolar.