CDC e Clipper teriam escalado jogadores de forma irregular na 1ª rodada; Jogo do título está marcado para esta sexta (20)
(Foto: Daniel Brandão)
Nesta quinta-feira (19), a Procuradoria do TJD-AM impetrou medida inominada contra CDC e Clipper - equipes que faziam parte do grupo A -, alegando que ambas as equipes escalaram atletas de forma irregular e pedindo a suspensão da final do Campeonato Amazonense - Série B, programada para acontecer nesta sexta-feira (19), às 19h30, no estádio Carlos Zamith, entre CDC e Sete.
Representada pelo Procurador Geral, Dr. Ruy Mendonça, a Procuradoria alegou que CDC e Clipper atuaram com seis jogadores não-profissionais na primeira rodada, sendo que o regulamento da competição permite apenas cinco.
Neste caso, as equipes seriam enquadradas no Artigo 214 do CBJD: “Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta e Treinador em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”. Ambas as equipes perderiam três pontos pela irregularidade, além dos pontos conquistados na partida.
No entanto, caso isto ocorra, a final continuaria sendo entre Sete e CDC. Isto porque na primeira rodada, o CDC empatou em 0 a 0 com o RB, perdendo um total de 4 pontos e ficando com apenas 1, além de -5 de saldo. Por outro lado, o Clipper perdeu por 4 a 0 para o Sete na primeira rodada. Ou seja: perderia apenas 3 pontos, ficando com o mesmo 1 ponto do CDC, mas com -6 de saldo, ficando atrás do Bacurau.
Na nova tabela do grupo A, o Fast seguiria em primeiro, com 9 pontos, o CDC em segundo, com 1 ponto e -5 de saldo, o Clipper em terceiro, com 1 ponto e -6 de saldo, e o JC em último, com 0 pontos. Com isso, a semifinal entre Fast e CDC, vencida pelo clube de Manicoré nos pênaltis, seguiria valendo normalmente e, consequentemente, a ida à final.
A segunda acusação, em tom mais grave, foi de que dois jogadores do CDC teriam trocado o número de suas camisas propositalmente, para fraudar a contagem de cartões, em jogo válido pela quarta rodada contra o Sete. Os jogadores citados são Francisco Júnior (Chico), que atuou com a camisa 3, e Patrick Silva Gomes (Patrick), que atuou com a camisa 4.
No entanto, é necessário ressaltar que Chico foi expulso na quarta rodada, teve seu nome anotado em súmula e cumpriu suspensão diante do Fast. Além disso, tanto Chico como Patrick não estavam pendurados, ou seja: não haveria razão para se buscar fraudar os cartões, como alega a Procuradoria.
Também vale frisar que antes de cada jogo, a arbitragem recebe a identidade de todos os atletas e membros de comissão técnica, verificando suas respectivas numerações e, no caso da comissão, suas funções. Isso torna improvável que qualquer mudança feita na numeração dos jogadores tenha passado despercebida pela arbitragem do confronto.
Para que a final seja de fato suspensa, o pedido da Procuradoria precisa ser analisado e aceito pelo Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Dr. Hugo Sérgio Lima Ribeiro. Em contato com nossa reportagem, às 21h13 desta quinta-feira, Hugo foi breve.
Em postagem nas redes sociais, o Sete se 'antecipou' e publicou um comunicado, afirmando que a final foi adiada, utilizando como fonte a própria notícia publicada pela Procuradoria do TJD-AM, que cita a medida inominada que pede a suspensão.
Comunicado oficial do Sete Futebol Clube (Foto: Divulgação)