Contratado pelo Esporte Clube Pinheiros-SP, o atleta de lançamento de dardo fala sobre nova fase e os objetivos para o ciclo Olímpico de Los Angeles 28
(Foto: Jeiza Russo/A CRÍTICA)
O atleta olímpico de Lançamento de dardo, Pedro Nunes, de 25 anos, que representou o Amazonas nos Jogos de Paris 2024, começa 2025 como contratado, num dos maiores clubes do País, o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo. Pedro, que é amazonense, de Parintins, sempre fez questão de treinar no seu Estado e de representar o Amazonas, mesmo quando começou a vencer competições e a avançar no atletismo e, agora, ele conta que não será diferente, que mesmo vestindo a camisa do clube paulista, seguirá treinando por aqui e, também, levando o Amazonas sempre com ele.
“Se eu pudesse seguir representando um clube do Amazonas, ficaria, como fiquei durante todos esses 10 anos no esporte, mesmo sem apoio de uma equipe, mas para mim, será uma nova experiência, o Pinheiros. Sei da magnitude que o clube é no Brasil e como é visto também fora do país. Posso dizer que estou no maior clube atualmente, e vamos ver o que nos espera nessa temporada 2025”, destaca Pedro.
Pedro argumenta que durante toda a sua jornada no atletismo até aqui, ele contou apenas como suporte da federação de atletismo do Amazonas e com passagens para as competições, concedidas pelas Secretaria de Estado, Desporto e Lazer(Sedel), mas que precisa do apoio que um clube como o Pinheiros pode oferecer, para seguir crescendo no
esporte.
“Sendo bem sincero, não temos clube de atletismo que possa ajudar o atleta, custear passagens, salário, etc. É a federação de atletismo que assume esse papel, da base até a categoria adulto. Então, hoje, minha opção foi ir para o Pinheiros por conta disso”, explica Pedro.
Para 2025, o atleta prevê resultados tão bons quanto os do ano passado: “2025 será como 2024, com recordes e quebras de recordes pessoais, e estamos trabalhando duro para que isso aconteça novamente”, destaca.
Além do Pinheiros patrocinando o atleta, Pedro também é sargento-atleta da Força Aérea Brasileira (FAB), há um ano, e enfatiza que o apoio militar “veio para somar e dar uma segurança a mais, no plano pessoal e profissional”, e disse ele também pode utilizar a estrutura da FAB quando precisar. “Só tenho a agradecer à FAB por dar esse suporte, e representá-la em competições militares mundo afora, como os Jogos Militares de Atletismo.
Pedro disse que o seu treinamento vai continuar sendo feito em Manaus, mas que ele também tem portas abertas para treinamentos e estadia em São Paulo, o que possibilita futuros períodos de treinamentos específicos fora de Manaus, visando às principais competições do ano, que incluem provas nacionais e internacionais, especialmente o Sul-americano e Mundial, para as quais Pedro precisará buscar índice de classificação.
O atleta disse que planeja sim, com sua treinadora, Margareth Bahia, fazer períodos de treinamento fora do País ou do Estado, “chegando próximo das competições importantes, para fazermos melhor os treinamentos técnicos e de lançamentos”. E explica que por enquanto, segue em Manaus, alinhando as melhores datas para esses períodos de preparação em novos ares.
Em Manaus, os atletas têm tido dificuldades para fazer bons treinos na pista de atletismo da Vila Olímpica, que está danificada pelo tempo, ação do sol e chuva e pelo uso constante, mas Pedro dribla esse problema, e procura trabalhar da melhor forma por aqui, mesmo admitindo que não é fácil: “sabemos que (a pista) precisa ser trocada, e foi conversada em 2024 a previsão dessa reforma. Enquanto isso, permanecemos usando como está. Lidar com a pista está um pouco abaixo do meu objetivo, ultimamente, mas adaptamos e tomamos cuidado para não lesionar”, ressalta.
Todo o novo apoio na carreira de Pedro é visando, sem dúvidas, aos próximos Jogos Olímpicos, em Los Angeles 2028, e ele mesmo afirma que falar nos Jogos é falar da sua maior motivação: “foi dada a largada! Sabemos que será um caminho árduo, de muito treino e dedicação, e só me motiva a cada dia.
Em 2024, Pedro não conseguiu se classificar para a grande final da modalidade, e para os próximos jogos, ele quer justamente chegar mais longe: “eu poderia ter feito melhor, como aconteceu no Iberoamericano, quando atingi 85 metros, mas tenho que manter a cabeça erguida, que temos muito pela frente ainda. Só de ter levado o Amazonas às Olimpíadas, após 12 anos sem ter representantes, foi gratificante demais!”.
Pedro conta com o apoio da treinadora Margareth Bahia, do preparador físico Thiago Henrique, do Clube Pinheiros, do nutricionista Neto Costa, da fisioterapia clínica Rehabilitar (Adson, Vitor, Janderson, Serafim Eloisa), Força Aérea Brasileira (CDA), WheyHouse suplemento, Prefeitura de Parintins, SEDEL e Estamparia Parintins.