CORRIDA AZUL

Manaus sedia corrida de conscientização sobre o autismo em abril; inscrições já estão abertas

A '1ª Corrida de Conscientização do Autismo Thales Miguel' será realizada no dia 28 de abril, com mais de 1,2 mil atletas no Centro Histórico de Manaus

Lucas Motta
online@acritica.com
27/03/2024 às 14:16.
Atualizado em 27/03/2024 às 14:16

(Foto: Arquivo Pessoal)

A "1ª Corrida de Conscientização do Autismo Thales Miguel" está com as inscrições abertas para 1.200 atletas e será realizada no dia 28 de abril, no Centro Histórico de Manaus. O evento é uma realização da Rádio Difusora, que em 75 anos de atuação, lança pela primeira vez a campanha de conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA). Uma caminhada solidária e gratuita está prevista para ocorrer ao redor do Teatro Amazonas após a corrida.

As inscrições podem ser feitas no site https://www.ticketsports.com.br/e/corrida-de-conscientizacao-do-autismo-thales-miguel-38393 até o dia 22 de abril. O primeiro lote tem o valor de R$ 80 até o dia 15 do mesmo mês; posteriormente, a taxa de inscrição será de R$ 100. Pessoas com deficiência podem pedir a isenção do pagamento desde que obedeçam aos seguintes critérios: Comprovar a deficiência através de laudo médico que ateste suas limitações e aferir renda mensal de até 3 salários mínimos. Estas inscrições serão feitas presencialmente no segundo dia de entrega dos kits (27/04) das 18h00 às 19h30.

Os atletas vão receber um kit corrida com camiseta, medalha (pós-evento), chip e número de peito. A prova terá um percurso de sete quilômetros com largada e chegada em frente ao Teatro Amazonas, pela rua José Clemente. A saída será às 6h para pessoas com deficiência em geral e às 6h10 para os pelotões de Elite e Geral, tanto masculino como feminino.

Com término da competição, uma caminhada solidária vai dar a volta no teatro. Ela está aberta ao público em geral, mesmo quem não participar da corrida. A organização pede que sejam usadas cores que representam o TEA: azul, amarelo ou vermelho.

Conscientização

"Imagina o que é para um pai e para uma mãe não conseguir botar a cabeça em um travesseiro à noite porque o filho pode sofrer o bullying, não ser compreendido. A conscientização é isso, é a gente poder mostrar para as pessoas que existe o autista e que ele deve e merece, como qualquer outro ser humano, ser compreendido."

A declaração é do radialista André Anzoategui, idealizador da corrida e pai do Thales Miguel, que emprestou o nome para a competição. O pequeno Thales foi diagnosticado com o TEA após ter completado dois anos de idade; segundo o pai, a criança já havia perdido as habilidades de fala. Com o diagnóstico vieram as terapias voltadas para a coordenação motora, fonoaudiologia e psicologia; pouco tempo depois, ele recuperou a fala e André se sentiu motivado a facilitar o acesso a informações sobre o autismo.

"Meu filho com uma semana de terapia já era outra pessoa. O grande propósito é que muitas crianças, principalmente as cujos pais não têm condições financeiras, consigam ter acesso a essas terapias. Eu vi, senti na pele que elas realmente funcionam e são salvadoras. Todo pai e mãe querem poder partir dessa vida e saber que seu filho é independente. Essa é a nossa preocupação diária", disse o radialista.

O pequeno Thales Miguel é quem dá nome à corrida (Foto: Divulgação)

Criar a competição foi a forma que André encontrou para difundir com maior alcance as informações, mas não apenas para os pais e filhos atípicos como também para toda a sociedade. A ideia é mostrar que a adaptação não é uma tarefa exclusiva para quem possui o autismo.

"É a gente poder mostrar que eles não precisam fazer as terapias somente para se tornarem iguais a nós, típicos, mas que nós, típicos, precisamos também entender qual é o mundo deles, esse é o principal motivo", explicou.

Durante o evento, que ocorre no mês nacional de conscientização sobre o TEA, diversas organizações não governamentais (ONGs) que atuam na causa autista estarão presentes, como a Casa Mundo Azul. Muitas delas oferecem as terapias de forma gratuita para os pais que não possuem condições de pagar pelo tratamento dos filhos. As Ongs serão divididas em tendas que vão funcionar como uma ponte até esses pais e também até pessoas interessadas em ajudar as instituições com doações. O Governo do Amazonas também estará presente através da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC), responsável pela emissão de documentos para pessoas com deficiência e da CIPTEA, a carteira de identificação da pessoa com autismo.

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