Texto fala que diretores do Robô foram assistir a partida e apenas cumprimentaram a arbitragem, ação está registrada na súmula da partida
Marcus Souza, presidente do Manauara EC e que estava em Rio Preto da Eva durante o jogo entre RPE Parintins e Rio Negro (Foto: Deborah Melo / FAF)
O Manauara divulgou no início da noite desta quarta-feira (20) uma nota rebatendo acusações de que o presidente do clube, Marcus Souza, e o diretor executivo de futebol, Luciano dos Santos, o Mancha, tenham entrado no vestiário do Rio Negro durante a partida contra o Parintins na última terça-feira (19).
A alegação foi feita pelo jogador do Parintins, Allefe Feitosa, em um story publicado no Instagram ainda na noite de terça-feira. Na publicação, o atleta alega que “o presidente do time adversário Manauara, junto com o diretor e supervisor entra no vestiário desta equipe fazer não sei o que (sic)”.
Publicação feita pelo jogador Allefe Feitosa, do RPE Parintins
Sobre a presença no estádio Francisco Garcia, em Rio Preto da Eva (distante 83 km de Manaus), o clube afirma que ambos estiveram no local para assistir o jogo e que “é corriqueira a prática de dirigentes assistirem aos jogos do Campeonato Amazonense”. Ainda no texto, o clube afirma que ambos foram barrados por funcionários do Parintins “alegando que não eram bem-vindos ao local”, explicou.
Na súmula do jogo, o quarto árbitro Walter Francisco Nascimento dos Santos relatou na súmula que o presidente do Manauara, Marcus Souza, encontrava-se nas imediações do campo. No documento também consta que o dirigente foi ao vestiário da arbitragem sem autorização para desejar um bom trabalho.
Súmula da partida entre RPE Parintins e Rio Negro
Na nota, o Manauara confirma que o presidente Marcus de Souza foi no vestiário da arbitragem cumprimentar o presidente da Comissão de Arbitragem, Weden Cardoso. O texto também nega que o presidente do Robô tenha se dirigido ao vestiário de alguns dos times.
O Parintins enfrentava o Rio Negro pela 4ª rodada do returno do Campeonato Amazonense. O Tourão vencia o jogo por 7 a 0, até que aos 25 minutos do segundo tempo, os jogadores do Rio Negro abandonaram o gramado do Chicão alegando não ter mais condições de jogar e se retiraram de campo. A equipe de arbitragem seguiu em campo até os 54 minutos, mas a equipe Rionegrina não retornou e o árbitro Raimundo José de Azevedo encerrou a partida.
Com mais 20 minutos por jogar e mais os acréscimos, a equipe do Parintins se viu prejudicada pela desistência do adversário. Mesmo com a vitória que recolocou a equipe na liderança da classificação geral do Campeonato Amazonense – posição que pode ser preponderante para a conquista de vagas nacionais em 2025 – o Tourão terá que torcer para o São Raimundo não perder do Manauara, se não perderá a liderança pelo saldo de gols, a equipe do Parintins tem 13 e o Robô tem 14.
Sobre o caso dos atletas caírem em campo, o técnico do Rio Negro, Sidney Bento, afirmou que os jogadores estavam sem condições físicas de continuar devido à problemas nos treinamentos, além do estado do gramado que se encontrava pesado após uma forte chuva cair antes do apito inicial.
No entanto, na súmula, o árbitro adicional 1, José Carlos Pequeno Frutuoso, relata que um dois jogadores pedia para os companheiros se jogarem no gramado.
Na tarde desta quarta-feira (20), a procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) solicitou instauração de inquérito do jogo RPE Parintins 7x0 Rio Negro, realizado na noite da última terça-feira (19), em Rio Preto da Eva.
Segundo a nota publicada nesta quarta-feira (20), existem 'indícios fortíssimos de ocorrência de manipulação, visando à alteração indevida do resultado e do curso da disputa de jogo, removendo a partida por completo a sua imprevisibilidade'.
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