MMA

Lucas Rocha estreia no UFC contra invicto

O amazonense terá o americano Clayton Carpenter, no card preliminar do UFC Vegas 98

Daniel Prestes
daniel.prestes@acritica.com
12/10/2024 às 17:22.
Atualizado em 12/10/2024 às 17:22

Lucas Rocha, mais conhecido como Fenômeno, fará estreia no UFC (Foto: Divulgação)

Após nocautear Davi Bittencourt no segundo round, pelo Dana White’s Contender Series, conquistado o seu contrato no UFC, o amazonense natural de Coari, Lucas Rocha, mais conhecido como ‘Fenômeno’, está pronto para o maior desafio de sua carreira quando entrará pela primeira vez no octógono da maior organização de MMA do mundo para enfrentar o americano Clayton Carpenter, na categoria peso-mosca (56,7kg), no card preliminar do UFC Vegas 98. O UFC Fight Pass transmite todas as lutas neste sábado, a partir das 16h (de Manaus).

Mesmo com os seus 24 anos de idade, Lucas Rocha tem um extenso currículo dentro do MMA. Com 18 lutas, o atleta da Renovação Coari Team (RTC) apresenta um cartel com 10 nocautes, quatro finalizações e três lutas vencidas por decisões dos juízes. Lucas perdeu apenas uma luta em sua carreira e está invicto há quase cinco anos. Em entrevista exclusiva ao jornal A Crítica, Fenômeno falou sobre estrear no UFC.

“Estou muito feliz com este momento. Estou iniciando um novo capítulo da minha história, agora entrando de vez no UFC e, sinceramente, com a equipe que tenho me apoiando, a minha família e toda a preparação, eu não vejo como isso pode dar errado. Vamos chegar a este momento para mostrar a minha melhor versão dentro do octógono do Ultimate”, disse Lucas.

Se a pressão nos treinos e por um bom resultado já é grande o suficiente para manter Lucas focado nos seus objetivos, ele ainda conta com um incentivo aguçado de seus pais e, principalmente de sua avó, carinhosamente chamada de ‘dona Zezé’, que segundo Lucas é a pessoa da família que mais sofre antes das suas lutas, com ansiedade e nervosismo que fazem com que ela nem tenha coragem de acompanhar as lutas.

“Eles ficam ainda mais ansiosos do que eu. Todo dia é falando alguma coisa, mensagem de apoio, dizem que não conseguem dormir direito com nervosismo. A minha vó é a que mais fica nesse estado, eu até precisei conversar com ela antes de viajar, acalmar o coração dela, ainda mais por se tratar de uma senhora de idade, então já tive que vencer essas batalhas psicológicas dentro de casa antes de embarcar”, destacou Lucas.

Sobre o adversário

Assim como o brasileiro que conseguiu o seu contrato no Contender Series, o americano Clayton Carpenter, de 28 anos, também passou pela ‘peneira’ do presidente do UFC para entrar na organização. Porém, se o brasileiro conseguiu o seu contrato em 2023, Carpenter conquistou o seu em 2022 ao vencer por decisão o mexicano Edgar Chairez. No ano passado, Clayton fez sua estreia no Ultimate ao finalizar Juancamilo Ronderos.

O americano tem sete lutas de MMA profissional em sua carreira e encontra-se invicto, com dois nocautes, três finalizações e duas vitórias por decisão. Sobre este detalhe, Lucas disse que sempre quis enfrentar alguém que nunca perdeu justamente para ser o primeiro a colocar uma derrota no cartel do adversário e mirou nos US$ 50 mil dólares de bônus.  

“Eu sempre quis lutar com alguém invicto para que eu possa ser o primeiro a tirar a invencibilidade. A nossa equipe estudou bem o jogo dele e acreditamos que o único perigo que ele tem para trazer é amarrar a luta, me levar para o jogo de chão e ficar pontuando por cima. Mesmo assim eu tenho um chão bom, sou perigoso, mas eu acredito mesmo que a minha trocação vai fazer a diferença. Vou entrar para nocautear e pegar o bônus”, avaliou Lucas.

Torcida

Lucas lembra que o clima de sua luta no Contender praticamente ‘parou’ os amantes de MMA de Coari que se mobilizaram na cidade para torcer pelo seu representante. Para a estreia no UFC, Lucas disse que espera pela mesma torcida e agradeceu o apoio que tem recebido do público amazonense antes de sua luta no Ultimate.

“Parecia final de Copa do Mundo. O pessoal se reuniu, foi algo muito louco, torceram por mim, telão pela cidade, a galera tudo acompanhando e isso só me deixa mais feliz, motivado, essa energia me ajuda a continuar em busca dos meus sonhos para mudar a vida das pessoas que estão ao meu lado. Eu só tenho a agradecer ao povo do Amazonas, minha Coari e tudo mesmo”, concluiu o atleta amazonense.
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