Hugo Duarte tem liberdade concedida e terá que pagar 30 salários mínimos de fiança
Técnico do JC de Itacoatiara foi acusado por jogadora do Bahia de racismo nas quartas de final da Série A2 do Brasileirão Feminino
O técnico do JC de Itacoatiara, Hugo Duarte teve a liberdade provisória concedida, nesta quarta-feira (10), e irá precisar pagar fiança no valor de 30 salários mínimos, após ser acusado de cometer ofensas racistas à jogadora do Bahia, em jogo da volta das quartas de final do Campeonato Brasileiro Feminino Série A2.
Na decisão, a juíza Marcela Moura França determinou a proibição de aproximação a menos de 200 metros da vítima, a zagueira Suelen, comparecimento bimestral em juízo por período de um ano e também a todos os atos processuais.
Além da fiança, Duarte também está proibido de se ausentar da cidade onde reside sem autorização, no caso Manaus, uma vez que o técnico é natural de Portugal.
Relembre o caso
O técnico do JC, Hugo Duarte, foi acusado de racismo contra atleta do Bahia. Depois do apito final do duelo, em partida que as Tigresas foram eliminadas por 2 a 0 no agregado, Duarte apareceu em tumulto junto as atletas do Bahia e do JC. Segundo o clube baiano, o treinador proferiu ofensas racistas à zagueira Suelen.
A acusação e confusão foi relatada em súmula assinada pela árbitra Jady Jesus Caldas. No documento, Suelen declarou à equipe de arbitragem e ao policiamento que Hugo Duarte teria a chamado de macaca e tentado agredi-lá fisicamente.
Zagueira se manifestou
A zagueira do Bahia, Suelen comentou em suas redes sociais o caso. “A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista".