Campeonato Amazonense -Série B

Dirigente do CDC diz que clube está preparado para o campo e para o tribunal

Diretor do CDC Manicoré explica sobre procedimentos após denúncia que paralisou a Série B do Campeonato Amazonense. Garantiu que, se for preciso, irá ao STJD e que time segue treinando para a final, que está sem data definida

DeJota
dejota@acritica.com
21/09/2024 às 20:51.
Atualizado em 21/09/2024 às 20:51

O CDC chegou na final da Série B do Campeonato Amazonense após eliminar o Fast, nos pênaltis, na semifinal (Daniel Brandão)

Acusado pela Procuradoria do TJD-AM de escalação irregular e colocar dois jogadores com numerações trocadas em relação a súmula, o CDC Manicoré segue tranquilo, se preparando para a grande final do Campeonato Amazonense - Série B.

Na última quinta-feira (19), o Bacurau treinou na Ulbra, visando a final contra o Sete, que estava programada para acontecer nesta sexta-feira (20), às 19h30, no estádio Carlos Zamith. Entretanto, com a denúncia aceita pelo Presidente do TJD, Hugo Ribeiro, o jogo do título foi suspenso, até que ocorra o julgamento.

Além do CDC Manicoré, o Clipper também foi acusado de escalação irregular. Em ambos os casos, os clubes atuaram com mais de cinco jogadores não-profissionais na primeira rodada, algo que não é permitido pelo regulamento da competição.

Enquadrados no Artigo 214 do CBJD, CDC e Clipper devem perder três pontos pela irregularidade, além dos pontos conquistados na partida em que houve a escalação indevida. No caso do CDC, um total de 4 pontos seria descontado, pois o jogo contra o RB foi 0 a 0. Já o Clipper perdeu do Sete, então seguiria apenas com 3 pontos a menos.

Na tabela de classificação da primeira fase, o CDC permaneceria em segundo, ou seja: o Bacurau mantém o direito de disputar a final da Série B. 

Já a acusação de troca de numeração das camisas não configura perda de pontos. Em cima disso, o diretor do clube, Júnior Mendes, afirma que vai até o fim para defender os interesses da equipe.

"Estamos nos preparando para a final, nem que a gente tenha que ir para o Supremo (STJD). Se perdermos aqui, vamos recorrer lá em cima, porque somente a primeira acusação causa perda de pontos", declara o dirigente do Bacurau, que prossegue.

"Nós temos que continuar treinando, porque mesmo com as duas acusações, só perdemos pontos na escalação do nosso primeiro jogo. Com isso, a gente continua com a segunda colocação. Nós estamos aguardando (a intimação), para começarmos a agir", finaliza.

Ainda segundo Júnior Mendes, o elenco do CDC treinou neste sábado (21), folga no domingo (22) e retorna às atividades na segunda-feira (23). O TJD-AM ainda não informou a data do julgamento em primeira instância. Caso seja necessário, o clube só poderá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em caso de derrota na segunda instância, passando o caso para a esfera nacional.

Entenda o caso

Na última quinta-feira, faltando apenas um dia para a final da Série B estadual, a Procuradoria do TJD-AM impetrou medida inominada contra CDC e Clipper - equipes que faziam parte do grupo A -, alegando que ambas as equipes escalaram atletas de forma irregular e pedindo a suspensão da final.Representada pelo Procurador Geral, Dr. Ruy Mendonça, a Procuradoria alegou que CDC e Clipper atuaram com seis jogadores não-profissionais na primeira rodada.

A segunda acusação, em tom mais grave, foi de que dois jogadores do CDC teriam trocado o número de suas camisas propositalmente, para fraudar a contagem de cartões, em jogo válido pela quarta rodada contra o Sete. Os jogadores citados são Francisco Júnior (Chico), que atuou com a camisa 3, e Patrick Silva Gomes (Patrick), que atuou com a camisa 4.

No entanto, é necessário ressaltar que Chico foi expulso na quarta rodada, teve seu nome anotado em súmula e cumpriu suspensão diante do Fast. Além disso, tanto Chico como Patrick não estavam pendurados, ou seja: não haveria razão para se buscar fraudar os cartões, como alega a Procuradoria.

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