Nando Reis revela ao A CRÍTICA processo criativo do álbum triplo "Uma Estrela Misteriosa"
A apresentação da nova turnê acontece no dia 22 de setembro, no Teatro Amazonas
Parte das canções que integram o novo disco de Nando Reis foram compostas durante o processo de gravação (Foto: Reprodução)
"Tudo é diferente do que já apresentei". Foi desta maneira que Nando Reis definiu o show da turnê "Uma Estrela Misteriosa", em entrevista exclusiva ao BEM VIVER deste fim de semana. O cantor e compositor se apresenta em Manaus no próximo dia 22 de setembro, a partir das 19h, no maior templo cultural da cidade, o Teatro Amazonas (Largo São Sebastião). Os ingressos estão à venda no site da shopingressos.com.
No bate-papo, o músico falou sobre o processo de criação do álbum triplo que dá nome à série de shows - ao todo, o compilado possui 24 faixas. "Surgiu um pouco por acaso, por conta de alguns álbuns, especialmente o disco 'All Things Must Pass', do George Harrison, que é maravilhoso. Creio que, como compositor, o fato de não ter lançado um álbum com canções inéditas desde 2016 também tenha contribuído muito para isso", disse.
Ele afirma que foi compondo as canções durante o próprio processo de gravação de "Uma Estrela Misteriosa". "Achei graça em lançar isso como uma espécie de contraponto a essas ideias de que nós somos pautados apenas pelas mudanças, na forma de consumo de música", frisou.
O título do disco, Nando revela, já estava definido antes mesmo dele ser feito. "A inspiração é da minha paixão pelo Tintim [personagem de Hergé], que tem um livro chamado 'A Estrela Misteriosa'. O álbum, a princípio, chamaria-se 'Estrela Misteriosa', mas, como ele virou um disco triplo e queria desmembrá-lo para vender individualmente, precisava de um nome maior e, por sugestão da Zoé [filha de Nando], extraí da canção 'Estrela Misteriosa' o verso 'Uma Estrela Misteriosa'", acrescentou.
O show
Nando Reis não esconde a sua admiração pela Região Norte e fez questão de começar a sua turnê por ela. "É uma felicidade e uma honra imensa poder me apresentar no Teatro Amazonas", confessou o cantor.
Sobre o show, ele adianta que é totalmente especial e novo. "Tudo é diferente do que já apresentei: o repertório, a banda, o cenário, a luz, o figurino… O show é outro. A banda que gravou o disco é a mesma que vai subir ao palco, inclusive, com a participação do Barrett Martin na bateria e do Peter Buck [do R.E.M], na guitarra, junto com Walter Villaça. No repertório, vou apresentar mais de dez das canções do disco novo".
O disco
Com 24 faixas, o álbum triplo "Uma Estrela Misteriosa" é um presente e tanto aos fãs do músico. Nando conta que juntou canções que já havia composto nos últimos anos, músicas antigas que nunca havia gravado (no disco, há quatro regravações) e faixas compostas durante o período de gravação. "É um compêndio, vamos chamar assim, da minha produção como compositor, mas todas elas [as músicas] à luz da pessoa que sou hoje em dia e da sonoridade da minha banda", completou.
Sobre a receptividade do público, o cantor se diz bastante feliz. "Está sendo uma receptividade excelente. Pelos números, pelos comentários que eu recebo de quem ouviu e se dispõe a escrever para mim, eu estou muito satisfeito. 'Azul Febril' tem ido muito bem nas rádios também".