Artista amazonense lança música autoral "Só", junto de projeto audiovisual e pocket sow
(O cenário faz parte do trabalho da artista plástica Ana Paula Abreu. (Foto: Quadro Midea))
A jovem cantora crescida em Itacoatiara começou a carreira sendo a voz de um dos principais grupos musicais da Ufam, na Orquestra Puxurim. Agora, se prepara para iniciar a trajetória com seus próprios passos em grande estilo, oferecendo ao público seu primeiro trabalho autoral, denominado “Só”, que vem acompanhado de um projeto audiovisual, pocket show e exibição exclusiva, hoje (9) no Villa Vagalume, no bairro Dom Pedro, a partir das 19h.
“É um misto de prazer e apreensão pra falar a verdade, enquanto membro de um coletivo eu sempre me senti segura e apoiada no crescimento do ‘nós’ como um todo, só que ao mesmo tempo eu me desenvolvia e superava minhas próprias limitações, e isso foi e é suporte pra eu me sentir segura e apoiada nessa nova fase ‘só’. E além de tudo isso eu sinto que é esse o momento, que agora eu posso aguentar as dores e as flores de ser uma artista manauara independente, e me desenvolver e ajudar na cena cada vez mais”, comentou Gabi.
Projeto
O clipe conta com produção e direção da empresa audiovisual Quadro Media. O cenário ficou por conta do trabalho da artista plástica Ana Paula Abreu, a qual cedeu algumas telas concretizadas na sua última exposição para compor a ideologia de Gabi para o videoclipe.
“Ele é uma concretização visual do que se passava na minha cabeça, eu não gravei a música em estúdio, ela –ainda- não foi produzida porque o plano sempre foi cantar ela na forma mais crua e verdadeira que ela pode ser, só eu e meu violão, porém também sempre quis que em contrapartida da simplicidade do sonoro, o vídeo fosse cheio de cor, de movimento, de significado. E é o que ele é, essa mistura, e pra mim, o ponto de partida pra outros clipes, pra músicas nos streamings, pra parcerias, enfim, pra me permitir criar e produzir cada vez mais” disse.
Conceito
Gabi apresenta em sua música um conceito diferente do que é estar só. “Estar ‘só” pra mim não é sinônimo de desânimo e solidão, mas sim de resiliência e solitude, em vários versos eu falo da falta que um alguém faz, e de como a correria e ansiedade do dia a dia tiram esse alguém de mim, só que esse alguém sou eu mesma, que me perco, que não me cuido, que não me ouço, e que precisa voltar pra se reencontrar. Essa música é também uma porta que eu estou permitindo que seja aberta, pra que as pessoas entrem no meu espaço e me ouçam, se identifiquem talvez, se reconheçam, e me ajudem compartilhar cada vez mais”, afirmou a cantora.
Após o lançamento a artista diz pretender manter o ritmo de produção, começando a gravar e divulgar suas próprias músicas em formato de single e parcerias. De acordo com ela, essa é a maneira para se manter cada vez mais presente na cena musical manauara.
Perfil
Gabrielle Farias Lopes é natural de Manaus, mas cresceu na cidade de Itacoatiara, interior do Amazonas. Sempre foi apaixonada por música mas nunca pensou que seguiria a carreira artística até se ver entrando no curso de licenciatura em Música pela Ufam. Desde então, há quatro anos trabalha profissionalmente como cantora e também violonista, já participou de corais, orquestras e bandas, sendo a mais recente a Orquestra Puxirum, que aposta no som regional diferente tocado por diversos instrumentos e voz! Atualmente é formanda no curso, dá aulas de canto, é pesquisadora e compositora, e faz shows pela cidade com um repertório inspirado nos novos artistas da música independente brasileira.
Frase
“Essa música tem tantos significados. Ela nasceu de repente e ficou guardada por muito tempo, ela renasceu e já foi sendo cantada”, Gabi Farias, cantora