Acessibilidade

‘Farol da Inclusão’: Biblioteca Braille do Amazonas completa 25 anos

Espaço dispõe de acervo com mais de 50 mil obras, projetos que abrangem arte, cultura e educação

REBECA BEATRIZ
bemviver@acritica.com
10/11/2024 às 12:57.
Atualizado em 10/11/2024 às 12:57

Biblioteca Braille completa 25 anos levando Cultura por meio da Inclusão. Na foto, Gilson Mauro, gerente da biblioteca (Fotos: Paulo Bindá)

Música, literatura, cinema e inclusão. Com essas características e um pouco mais, a Biblioteca Braille do Amazonas celebra 25 anos de existência.

O local possui o terceiro maior acervo do país. São mais de 50 mil obras, entre filmes com audiodescrição, livros em braille, falados e digitalizados, proporcionando o acesso à cultura e a informação por meio da acessibilidade.

Localizada no bloco C do Sambódromo, a Biblioteca Braille do Amazonas também realiza o serviço de audiodescrição nos espetáculos realizados dentro do Teatro Amazonas, e é a única do país a contar com equipe própria de audiodescritores, incluindo Sandra Amazonas.

O gerente da Biblioteca Braille, Gilson Mauro acompanhou todo o processo de criação do espaço, e como pessoa com deficiência visual, reconhece e vivencia de perto o impacto positivo de um local para acolher pessoas.

“É gratificante poder levar a nossa cultura para as pessoas com deficiência visual e com baixa visão. Não só para elas, mas para todas as pessoas com deficiência. Somos um farol de inclusão, de pura emoção e de pura inspiração. Isso é o que nós fizemos nesses últimos 25 anos e continuaremos fazendo. Recebemos tantas pessoas tristes, melancólicas e transformamos a vida dessas pessoas”, relembra, Gilson.

Também são oferecidos gratuitamente cursos para pessoas com deficiência visual em diversas áreas. E por meio dessas aulas, muitos desses alunos já conquistaram, inclusive, aprovação no vestibular e em concursos públicos.

Arte e Música 

O ensino da música no local fica por conta do professor Guilherme Muñoz. O início de tudo foi desafiador para ele, sendo um dos seus primeiros contatos com os alunos com deficiência visual. 

“Hoje, ensino violão, cavaquinho e teclado. É uma metodologia diferente, mas o segredo está no toque, nos ouvidos e no sentimento que vem do coração. Temos alunos de várias faixas etárias aqui, dos 7 anos de idade aos 70 anos”, fala.

Há ainda, aulas de pintura em tela, que rendem, inclusive, belíssimas exposições, por meio do projeto ‘Arte com Toque’, voltado, principalmente, para a pessoa com deficiência visual. O projeto permite que os alunos expressem suas emoções por meio da arte.

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