Música

DJ May Seven lança remix de toada do Boi Garantido

A remixagem de “O-Baiá” já está disponível nas plataformas digitais

Gabriel Machado
bemviver@acritica.com.br
03/01/2025 às 14:28.
Atualizado em 03/01/2025 às 14:28

(Foto: Divulgação)

A relação com o Festival de Parintins e a cultura amazonense é algo que May Seven leva consigo diariamente, para onde for - inclusive, para o trabalho. Não à toa, a DJ lançou, em parceria com Boi Garantido, o remix da toada “O-Baiá”, composta por Eneas Dias e Adriano Aguiar. A faixa já está disponível em todas as plataformas digitais. “Sou muito grata por essa obra”, disse May, em entrevista ao BEM VIVER desta sexta-feira (03).

Lançada em 2020, a toada é considerada um hino de celebração da identidade indígena e um chamado à resistência e à união. “O-Baiá é hit todos anos. Conversando com o Paketá [pajé do Boi Garantido], ele disse que não existe uma apresentação dele que não tenha essa toada. Realmente conquistou o público e eu tive a honra de remixá-la”, disse

Esta não é a primeira vez que a DJ remixa uma toada - mais especificamente, um ritual. May também trouxe sua identidade à famosa “Waia-Toré”, do Boi Caprichoso. “Gosto da sonoridade [dos rituais] quando une à música eletrônica. A música eletrônica tem essa coisa do mistério, das música enérgica. Quando ouvi ‘Waia-Toré’ pela primeira vez, no Festival de Parintins, já a ouvi como música eletrônica”, revelou.

Foi ali, naquele momento, que a DJ teve o seu primeiro ensaio, a sua primeira conexão. “Senti, ali, que os rituais caem muito bem com a cultura da música eletrônica, da house music, e que encaixava bem com o que eu vinha estudando, buscando essa forma de unir a sonoridade Amazônica à música eletrônica”, destacou May, que denominou este casamento entre os dois universos como Amazonic House. “É o som que venho trabalhando nos meus últimos anos”, acrescentou.

Há dois anos em São Paulo, ela está determinada a levar a cultura amazonense para além da Região Norte - e, conforme a DJ, a aceitação tem sido muito boa. “Isto me deu ainda mais certeza da minha relação com o Festival de Parintins e a cultura do boi-bumbá. Está cada vez mais íntima, pessoal e conectada. Vejo a nossa cultura como uma das mais ricas, incríveis e belas do planeta. O que o povo parintinense faz na arena, em todos os sentidos, é muito, muito especial”, derrete-se May.

Amazonic House

Desenvolvida pela DJ, esta vertente integra a autenticidade dos ritmos amazônicos à música eletrônica. O estilo é fruto de um estudo que May vem fazendo desde a pandemia. “Fiquei estudando as sonoridades e buscando uma forma de unir o universo da música eletrônica à nossa sonoridade amazônica”.

Além das toadas, ela lançou outra música que se encaixa neste grupo, um rezo indígena cantado por uma líder espiritual do povo Dessana, Dyakapiró. O nome da faixa é “Rezos Ancestrais”. “A torcida é que as pessoas curtam e absorvam essa identidade sonora e visual que quero trazer para o meu trabalho, minha assinatura artística”, finalizou a DJ.

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