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David Grohl revela em entrevista que já quis abandonar a música

"Já pensei em parar de tocar", disse o cantor  Dave Grohl em biografia; músico vem ao Brasil para show neste mês

uol/música
03/04/2012 às 11:42.
Atualizado em 12/03/2022 às 13:26

(David Grohl)

Quando Taylor [Hawkins, baterista do Foo Fighters] teve overdose, pensei, pela primeira vez na vida, em parar de fazer música. Porque chegou ao ponto de me questionar se a música era sinônimo de morte. Acredita?", conta Dave Grohl, líder do Foo Fighters. O depoimento faz parte da biografia "This Is A Call", lançada nesta semana no Brasil, a mesma em que a banda americana desembarca no país para um show no Lollapalooza, no sábado (7).

"This Is a Call - A Vida E A Música de Dave Grohl" foi traduzida pela editora Leya e escrita por Paul Branning, ex-editor da revista musical "Kerrang!". Além dela, "Nada A Perder" -  também sobre a vida de Dave - foi apresentada ao público recentemente pela Ideal Editoras. O segundo livro foi escrito por Michael Heatley, famoso biógrafo americano responsável por reproduzir as histórias de Bon Jovi, Paul McCartney, John Lennon, Deep Purple e Neil Young.

Ambas não-oficiais e cronológicas, têm textos que falam sobre sua infância em Springfield, a conturbada história com o Nirvana e a relação com Kurt Cobain, entrevistas, fotos e a discografia que traça a trajetória do músico considerado o mais "cool" do momento pela imprensa especializada. A principal diferença entre os dois livros é que "Nada A Perder" busca nos depoimentos de outros artistas e na sua carreira profissional sua principal referência, já "This Is A Call" tem foco em boa parte nas conversas do editor da revista com o músico.

"Ingressei na banda no dia 23 de setembro de 1990 e partimos pra fazer o 'Nevermind' em abril. Então foi só depois do 'Nevermind que Kurt começou a se f*** de verdade. Você podia estar chapado de heroína agora, mas eu não saberia, naquela época não sabia mesmo, eu era um moleque", explica Grohl em trecho de "This Is A Call". 

Apesar de narrarem com precisão as histórias na vida do músico, as duas biografias, escritas por fãs, deixam escapar alguns elogios superlativos, como "Deus do Rock", que deixam o texto um pouco parcial.  Mas compensam com histórias das músicas e relacionam momentos importantes da carreira de Grohl, como quando estava sem casa, com a conta bloqueada e recém-divorciado e compôs "Everlong", considerado o maior hit do grupo.

Os livros, em resumo, mostram a trajetória de um homem que cresceu em torno de um cliché adolescente, o de crescer e se tornar um grande astro do rock, vivendo de shows, fãs e grandes turnês. Talvez seja isso que as tornem tão atraentes.

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