A produção foi escrita e dirigida pela amazonense Eliene Félix. O curta de 25 minutos conta a história de Bruno, um estudante de Botânica que sai da cidade do Rio de Janeiro para fazer seu estágio em Manaquiri, no Amazonas
Apesar da ficção, diretora lembra que o ‘O Antídoto’ se trata de uma história de amor entre Bruno e Aline (Fotos: Divulgação)
Escrito e dirigido pela amazonense Eliene Félix, o curta-metragem "O Antídoto" conta os dias para a sua estreia. Contemplada pela Lei Paulo Gustavo, a produção terá uma avant-première no próximo dia 18 de outubro, em uma cerimônia fechada para artistas e convidados, e, posteriormente, ganhará lançamento para o público, com data a ser anunciada pelo Instagram oficial do filme, no perfil @oantidotofilme.
O curta de 25 minutos conta a história de Bruno, um estudante de Botânica que sai da cidade do Rio de Janeiro para fazer seu estágio em Manaquiri, no Amazonas. O protagonista sabe que a Amazônia tem um vasto celeiro de espécies, porém, não conhece os mistérios que as suas matas escondem. Ao ser picado por uma cobra, ele se transforma em um ser que é metade homem e metade serpente, e é na floresta que encontra o antídoto para voltar a viver seu romance com a bela Aline.
De acordo com a roteirista e diretora, "O Antídoto" é uma homenagem a seus pais e antepassados. Já o personagem Bruno, ela escreveu com o sobrinho em mente. "Minha vontade sempre foi desenvolver um trabalho que mostrasse a minha capacidade como atriz e produtora. Então, surgiu essa ideia, comecei a unir as histórias e veio, na minha cabeça, que eu deveria privilegiar a nossa fauna, que é imensa. Quando voltei do Rio de Janeiro, em 2018, já vim com a ideia de ver quantas matas, maravilhas e ervas não têm nesse imenso celeiro da Amazônia. Quanto poder terapêutico, curativo e cosmológico", disse Eliene ao BEM VIVER.
Ela revela que escolheu Manaquiri como parte do cenário da trama pois foi lá, no município, que os pais nasceram. "Tem uma parte [no filme] que conta uma história poética, uma história verídica, que é um assassinato. O filho mata o pai por um crime que ele ia cometer, de feminicídio. Foi uma construção de partes, onde eu consegui alinhar as ideias e dar o começo, o meio e o fim para tudo. Acredito que está muito lindo, muito maravilhoso. Todo mundo gostou do enredo e isso que é importante".
O processo de gravação de "O Antídoto" foi difícil, pontua Eliene. Ela lembra que, ao fazer um projeto audiovisual, você tem um tempo determinado para organizar as etapas de produção - e cumprir cada uma delas. "Quando eu fui contemplada [pelo edital], recebi o financiamento em maio e, nos meses de junho e julho, fui escolher e preparar o elenco".
Para completar, a gravação em Manaquiri coincidiu com a convenção de partido, no município, e a estiagem. "Tínhamos três dias para gravar, porque gravar no interior é muito difícil, por causa da logística, do transporte, de tudo. Não podia gravar depois, pois vinha a seca, essa estiagem horrível. Foi um processo muito difícil", completou a diretora.
Lançamento
Apesar de não ter uma data exata para o lançamento para o público, "O Antídoto" deverá estrear no mês de novembro, com exibições tanto em Manaus quanto em Manaquiri. Além disso, como parte do edital, Eliene deverá exibi-lo também em uma escola da rede estadual.