Eco-Festival do Peixe-Boi

Com a mensagem 'Ritual Horo Pakó', Anavilhanas emociona no 25° Eco-Festival do Peixe-Boi

O ponto alto da apresentação foi a Mensagem Ecológica (Item 5) 'Ritual Horo Pakó', com a participação de indígenas das etnias Dessana, Tikuna, Baré, Waimiri-Atroari, Apurinã, Tauápessaçú e de interpretação em Língua Brasileira de Sinais

Daniel Brandão
27/10/2024 às 07:35.
Atualizado em 27/10/2024 às 07:35

(Foto: Daniel Brandão)

Novo Airão (AM) - Com a canção "Sentimento Verdadeiro", o Peixe-Boi Anavilhanas (das cores verde e branco) abriu nesse sábado (26), a disputa oficial do 25° Eco-Festival do Peixe-Boi na Lagoa do Peixe-Boi em Novo Airão (distante 194 km de Manaus).

(Foto: Daniel Brandão)

O primeiro ato coreográfico do espetáculo "Airão: nosso território sagrado" ficou a cargo da Fauna e Flora (Item 13), uma ala formada inteiramente por crianças airãoenses. Vestindo indumentárias que remetiam à fauna e à flora amazônica, levaram à Lagoa coreografias e acrobacias fazendo vibrar a Galera Maravilhanas.

Nesse ato, sendo erguida por uma borboleta, surgiu a Porta Estandarte (Item 8) Náide Freire.

O astro da festa surgiu no segundo ato, para evoluir junto à Lenda do Peixe-Boi (Item 17). O ato de vida-morte-vida trouxe alusão à caça predatória que quase levou a espécie à extinção e à urgente consciência de preservação do mamífero na Amazônia. Da lenda, surgiu Vitória Beatriz, Mãe Natureza (Item 11) em uma lua cheia.

Acompanhados pela Galera Maravilhanas, a Batucada (Item 6) mostrou seu diferencial ao público presente. Orientados pelos maestros airãoenses, o som dos tambores, repiques, caixinhas, palminhas e rocar, trouxeram Garota Encanto da Batucada (Item 4), Danielle Santos, em uma oca, que evoluiu tocando repique e falando em língua indígena para os jurados.

(Foto: Daniel Brandão)

Pela primeira vez no Eco-Festival, o momento de defesa da Canção, Letra e Música (Item 10) foi apresentado com a Ala Temática (Item 3). "Airão, nosso território sagrado" foi a canção inédita interpretada pelo cantor (Item 2), Erickson Mendonça, e trouxe Carmem Valente, Deusa da Canção (Item 7), para sua evolução na Lagoa do Peixe-Boi.

Acompanhado de indígenas das etnias Dessana, Tikuna, Baré, Waimiri-Atroari e Tauápessaçú, o apresentador (Item 1) Antônio Paulo realizou a Mensagem Ecológica (Item 5) 'Ritual Horo Pakó'. Brados de resistência foram interpretados pelos indígenas em língua nativa, traduzida para o Português pelo apresentador e interpretada simultaneamente em LIBRAS. Nesse momento de exaltação ecológica, surge Deus Mauá (Item 9), Bruno Guedes, um ser transcendental trazido nas asas de um Gavião Real.

No último ato do espetáculo verde e branco, o Peixe-Boi Anavilhanas veio erguido em uma lança e encerrou o espetáculo ao lado de todos os itens e alas temáticas.

(Foto: Daniel Brandão)

O espetáculo verde e branco encerrou com o tempo de 1h55min28seg., cumprindo o tempo regulamentar estabelecido. Em uma apoteose em que a Galera Maravilhanas, cantou clássicos musicais de sua história.

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