19° Festival Folclórico do Mocambo

Boi Espalha Emoção espalha também a palavra da diversidade religiosa e crendices mocambenses

Pela mensagem de Fé e devoção do povo mocambense, a agremiação fez ode à São João e padroeiros do distrito de Parintins.

Isabella Pina
11/08/2024 às 09:09.
Atualizado em 11/08/2024 às 09:09

(Foto: Junio Matos)

Com mensagem de fé e respeito, em culto às entidades da floresta, da igreja e religiões de matriz africana, o Boi Espalha Emoção foi o segundo a se apresentar na noite deste sábado (10), no 19° Festival Folclórico do Mocambo. Pela mensagem de Fé e devoção do povo mocambense, a agremiação fez ode à São João e padroeiros do distrito de Parintins. 

Tendo o preceito da fé como combustível não só para a apresentação, mas como princípio divino, levou ao Mocambódromo figura típica e poesias que transportam o brincante à essência da fé, clamando pelo respeito. Da fé dos povos indígenas à fé do catolicismo popular.

(Foto: Junio Matos)

São Pedro, São Paulo, São Marçal e São João. Deles, na imagem de amo e apresentador, surge um dos destaques de alegoria da noite: Noçoken, a floresta encantada. De madeira das roldanas ao guindaste, encantou ao contar a história do paraíso encantado. E de repente, de nada valeu a “tradição” ecológica, que parte do princípio mecânico de estrutura das alegorias quando colocou um módulo de mais de 5 metros completamente advindo da matéria prima da floresta - terra encantada.

Com o tuxaua e uma cacica, trouxe à memória a imagem e lenda do guaraná. Assim como o contrário, reforçando a imagem do mocambo como terra encantada. De novo quem surge a cunhã-poranga Taiana Rodrigues, personificado como a guardiã desse paraíso. Na sequência, em momento indígena. O Espalha emoção clamou pela liberdade de fé dos povos. Reverenciando raízes e ancestralidade do Mocambense, reverenciando os Satere-Mawe. 

Em figura típica regional, trouxe a tradicional Procissão Fluvial de São João Batista. Com pescadores e caboclos à frente de uma romaria. Dessa imagem surge a porta-estandarte também referenciando o padroeiro, seguida da rainha do folclore, que evocou a representatividade das religiões de matriz africana. 

Para o encerramento, já com indícios de chuva, o Espalha emoção ritualizou com o rito da tucandeira, conduzido pelo pajé Raimundo Silva representando os povos Sateré-Mawé.

 Provocação e rivalidade

 Para não ficar pra trás, sob comando de Adriano Aguiar na figura do amo do boi, o Espalha emoção também evidenciou o forte clima de rivalidade no mocambo. De Viagra ao refrigerante Sukita, retrucou as provocações do contrário. 

Com mensagem de fé e respeito, em culto às entidades da floresta, da igreja e religiões de matriz africana, o Boi Espalha Emoção foi o segundo a se apresentar na noite deste sábado (10), no 19° Festival Folclórico do Mocambo. Pela mensagem de Fé e devoção do povo mocambense, a agremiação fez ode à São João e padroeiros do distrito de Parintins.

Tendo o preceito da fé como combustível não só para a apresentação, mas como princípio divino, levou ao Mocambódromo figura típica e poesias que transportam o brincante à essência da fé, clamando pelo respeito. Da fé dos povos indígenas à fé do catolicismo popular.

São Pedro, São Paulo, São Marçal e São João. Deles, na imagem de amo e apresentador, surge um dos destaques de alegoria da noite: Noçoken, a floresta encantada. De madeira das roldanas ao guindaste, encantou ao contar a história do paraíso encantado. E de repente, de nada valeu a “tradição” ecológica, que parte do princípio mecânico de estrutura das alegorias quando colocou um módulo de mais de 5 metros completamente advindo da matéria prima da floresta - terra encantada.

Com o tuxaua e uma cacica, trouxe à memória a imagem e lenda do guaraná. Assim como o contrário, reforçando a imagem do mocambo como terra encantada. De novo quem surge a cunhã-poranga Taiana Rodrigues, personificado como a guardiã desse paraíso. Na sequência, em momento indígena. O Espalha emoção clamou pela liberdade de fé dos povos. Reverenciando raízes e ancestralidade do Mocambense, reverenciando os Satere-Mawe.

(Foto: Junio Matos)

 Em figura típica regional, trouxe a tradicional Procissão Fluvial de São João Batista. Com pescadores e caboclos à frente de uma romaria. Dessa imagem surge a porta-estandarte também referenciando o padroeiro, seguida da rainha do folclore, que evocou a representatividade das religiões de matriz africana.

Para o encerramento, já com indícios de chuva, o Espalha emoção ritualizou com o rito da tucandeira, conduzido pelo pajé Raimundo Silva representando os povos Sateré-Mawé.

 Provocação e rivalidade

 Para não ficar pra trás, sob comando de Adriano Aguiar na figura do amo do boi, o Espalha emoção também evidenciou o forte clima de rivalidade no mocambo. De Viagra ao refrigerante Sukita, retrucou as provocações do contrário.

 Programação

 O Espalha Emoção ainda se apresenta neste domingo (11), na terceira e última noite do Festival do Mocambo. A segunda noite você pode assistir no YouTube.com/PortalacriticaAm

O Espalha Emoção ainda se apresenta neste domingo (11), na terceira e última noite do Festival do Mocambo. A segunda noite você pode assistir no link YouTube.com/PortalacriticaAm

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