Selecionados incluem manifestações da cultura quilombola, indígena, LGBTQIAP+ e amazônica e irão ocupar todas as zonas da cidade
(Foto: Divulgação)
O Até o Tucupi 2024, Festival pelo Clima, com o tema “Justiça Climática sem combate às desigualdades é colonialismo,” divulga as sete propostas artísticas selecionadas entre as 43 inscritas em seu edital de artes integradas. Este ano, o festival amplia seu papel como plataforma de mobilização e resistência cultural, reafirmando a defesa do clima e o combate às desigualdades sociais por meio da arte.
As propostas escolhidas exploram a diversidade cultural e as lutas por justiça socioambiental no Amazonas. Com apresentações que vão de expressões indígenas e quilombolas a performances da cultura LGBTQIAP+, cada projeto reforça o compromisso do festival com as culturas locais e a defesa dos territórios amazônicos. Espalhadas por diferentes regiões de Manaus entre os dias 20 e 30 de novembro, as atividades prometem estimular o diálogo e a ação em prol da justiça climática e social, alinhadas com o objetivo central do festival.
Propostas selecionadas:
● Apresentação Cultural Kariçu
O Grupo Kariçu, em uma ocupação territorial periurbana, reforça a resistência das culturas indígenas e manifesta-se culturalmente para consolidar o primeiro bairro indígena de Manaus, o Parque das Tribos.
● Decolonia Santo Antônio
Organizado pelo Coletivo Pererê, o Decolonia Santo Antônio une cultura e ativismo, com jovens e crianças protagonizando a defesa da Amazônia e inspirando a comunidade do bairro Colônia Santo Antônio, zona norte de Manaus.
● Do lixo ao luxo: Ballroom é sustentabilidade!
A Casa Konda traz a Ballroom para a rua, com figurinos sustentáveis criados a partir de resíduos reutilizados. A competição Grand Prize celebra a responsabilidade ambiental com muito luxo e performance.
● Do quilombo se fez samba raiz
No Quilombo do Barranco de São Benedito, o primeiro quilombo urbano da Amazônia, o projeto fortalece as tradições musicais negras e quilombolas, promovendo a preservação de um patrimônio cultural imaterial em Manaus.
● Eu Sou Amazônia
Este grupo indígena utiliza grafismos, moda e artesanato como expressões políticas e culturais, abordando o que a natureza teria a dizer sobre a crise ambiental. Histórias inspiradas em contos ancestrais são encenadas para conscientizar sobre as urgências climáticas.
● Rio de Memórias
Em uma exposição de lambes, o artista transmasculino Dayo do Nascimento explora temas de transição de gênero e memórias familiares, ligando a narrativa à fluidez dos rios amazônicos. A programação inclui uma roda de conversa sobre arte e visibilidade trans em Manaus.
● Tucumã & Buriti - As Brocadas do Tarumã-açú
A peça teatral retrata a luta das comunidades amazônicas pela justiça social e climática, destacando a conexão com o território e dando voz a protagonistas que refletem mistérios e aventuras enraizados na Amazônia.
A programação completa do Festival Até o Tucupi será lançada em breve e as ações vão acontecer em todas as zonas de Manaus com atividades artísticas, culturais e de mobilização política, que conectam a luta climática à diversidade amazônica.