Andanças de Ciganos reforça preparação e sonha com título no Carnaval de Manaus

A avenida Borba, no bairro de Cachoeirinha, zona Sul de Manaus, estremeceu na noite desta quinta-feira (13) nos primeiros toques da bateria Vai ou Racha, que “pisa forte nesse chão”. O Grêmio Social Recreativo Escola de Samba (GSRES) Andanças de Ciganos está nos preparativos para o desfile deste ano com o enredo “Gênesis”. A escola será a sexta a entrar na Avenida do Samba, no Sambódromo, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste, a partir das 4h do dia 2 de março.

Jorge Ricardo, carnavalesco da agremiação, explicou que o enredo trata do primeiro livro da Bíblia.

(Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

O carnavalesco antecipou que o último carro alegórico da agremiação será uma representação do Jardim do Éden. “O Éden é a nossa Amazônia. Vamos levar essa mensagem de preservação. Um ponto forte da Andanças de Ciganos é sempre transmitir uma mensagem social e de alerta, então, vamos destacar que a Amazônia é o Éden e pedir sua preservação”, explicou. “Em 2024, brigamos pelo título, mas detalhes nos tiraram a vitória. Passamos o ano corrigindo tudo isso para que possamos levantar o troféu”, acrescentou.

O presidente da agremiação, Vilson Benayon, ressaltou que a escola vem para ser campeã. “A Andanças de Ciganos é isso: sempre evoluindo, prosperando e crescendo. E como eu prometi, em 2025 vem o título. Nós nunca estivemos tão bem preparados. Subimos do grupo de acesso para o especial em 2014 e, hoje, somos a terceira melhor escola do Amazonas. Mas isso não é suficiente. O campeão é imortal, e é isso que queremos: o título", afirmou.

Vilson Benayon. Presidente do GSRES Andanças de Ciganos (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

Mestre da bateria Vai ou Racha, Felix Klinger ajusta os toques e guarda segredos para a avenida. “Estamos na reta final, faltam apenas dois ensaios e o técnico. Estamos com uma pegada em que o segundo lugar não existe. O trabalho da bateria hoje está focado não só na percussão, mas também em outros quatro quesitos que podem agregar na conquista do título, que é o que almejamos desde o ano passado”, disse.

O mestre de bateria Felix Klinger reforça que a escola não entra na avenida para ser coadjuvante (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

Orgulho Cigano

Vanessa Costa, 27 anos, primeira porta-bandeira, e Jorge Matheus, 29 anos, primeiro mestre-sala, afirmaram que a expectativa para o desfile é alta. “A expectativa está altíssima e a ansiedade também. Estamos com uma energia muito forte”, disse Vanessa.

Vanessa Costa e Jorge Matheus. Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

"Vanessa e eu estamos fazendo um trabalho incrível, ensaiando bastante, dia após dia, apoiando um ao outro. E pode ter certeza que o ‘casal energia’ vem para tirar as quatro notas dez”, completou Matheus.

Integrante da ala das baianas pelo quarto ano, Raimunda Oliveira, 74 anos, declarou estar feliz por fazer parte da escola.

Raimunda Oliveira. Baiana (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

Nos chocalhos da bateria Vai ou Racha pelo segundo ano, Lorrayne Couto, 39 anos, disse sentir muito amor pela escola. “Estou bem animada. A gente vem com tudo para ser campeã. A Andanças de Ciganos é uma escola acolhedora, a comunidade está junta. Estou muito emocionada em participar pelo segundo ano. Andanças de Ciganos é muito amor, muito amor no coração”, destacou.

O torcedor que deseja desfilar pode adquirir a fantasia diretamente na quadra da escola, situada na avenida Borba, nº 1303, bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus. As fantasias custam R$ 150 cada, mas a partir da compra de duas unidades há desconto. A quadra da escola funciona das 9h às 22h. Ainda há fantasias disponíveis para dez alas.

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