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Amazonas Green Jazz realiza shows com grandes artistas brasileiros

Alessandro Penezzi e Jovino Santos Neto são duas das estrelas que se apresentam nesta edição do festival

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24/07/2024 às 17:33.
Atualizado em 24/07/2024 às 17:33

Teatro Amazonas (Foto: Divulgação)

Nesta quarta e quinta-feira (24 e 25), às 20h, o palco do Teatro Amazonas receberá dois grandes shows do Amazonas Green Jazz Festival: com o violonista Alessandro Penezzi e a Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam), além do multi-instrumentista Jovino Santos Neto, que lançará a música “A Onça e o Pajé”.

O renomado violonista Alessandro Penezzi e a Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam) se unem para uma apresentação inédita, nesta quarta (24). Penezzi é compositor e um dos maiores violonistas brasileiros. Marcado por sua versatilidade, seus concertos já foram vistos em vários países como EUA, Rússia e Japão. Também foi destaque nos prêmios Visa MPB Instrumental (2001), Tim de Música Brasileira (2006) e Prêmio da Música Brasileira - PMB (2019).

No mesmo palco, estará a Ovam, sob regência de Davi Nunes. A orquestra tem músicos expressivos do Amazonas e já se apresentou com o Duo Assad, formado pelos irmãos Sérgio e Odair Assad.

A onça e o pajé

Já na quinta (25), Jovino Santos Neto lança sua nova música “A Onça e o Pajé”, que faz uma rica fusão de ritmos brasileiros e jazz, durante o Amazonas Green Jazz. Ele é multi-instrumentista (piano, teclado e flauta), arranjador, compositor e ex-professor da faculdade americana Cornish College of the Arts.

Seu talento e dedicação renderam um Grammy Latino de “Melhor Disco”, na categoria World Music, em 1992, com o CD “Brasileiro”, de Sérgio Mendes. Jovino foi novamente indicado ao prêmio em 2003 e 2006, com os CDs “Canto do Rio” e “Roda Carioca”.

Herança afro-americana

O diretor artístico do festival, Rui Carvalho, explica que, do ponto de vista histórico, o tema deste ano do Amazonas Green Jazz Festival, intitulado “África em nós - Afluente Atlântico”, destaca a cultura afro nas Américas.

“A razão pela qual nós homenageamos o legado africano, nesta edição do festival, é porque o jazz está diretamente relacionado a essa herança cultural ainda que, por vezes, seja tido como um gênero inferior. Mas, pelo contrário, o jazz possui suas próprias pressuposições estéticas e desenvolvimento técnico. Logo, ele adquire um tipo de expressão e linguagem peculiar”, explica.

O maestro lembra que houve um processo de interlocução cultural entre a África, as Américas e a Europa, do século XVI em diante. No continente americano, dois elementos herdados foram o iorubá e banto.

“Essa herança antropológica vai ter um significado profundo nas Américas por dois motivos: em primeiro, porque gera um ou vários sentidos de identidade; em segundo, a música e a religião vão desenvolver um papel de aglutinação, no sentido de reconstruir a identidade em sua diáspora. Daí surgem diversos gêneros musicais que estão diretamente relacionados ao jazz”, complementa Rui Carvalho.
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