COMEMORAÇÃO

Tradição: Centro de Educação Paraíso Infantil (CEPI) completa 45 anos de atuação

CEPI realizou a tradicional festa de comemoração com docentes e ex-alunos neste sábado (06), no SESI Clube do Trabalhador, bairro São José, Zona Leste de Manaus

Lucas Motta
online@acritica.com
07/07/2024 às 10:54.
Atualizado em 07/07/2024 às 10:54

Segundo o coordenador pedagógico do centro de edução, Cláudio Corrêa, esse tipo de abordagem é uma marca do modelo de gestão do CEPI (Junio Matos/ACRÍTICA)

O CEPI foi fundado em 1979 pelo casal Paulo e Eunice Corrêa na Avenida Efigênio Sales, 54, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul e surgiu do desejo de criar um centro educacional exemplar. A escola começou com dois alunos, Simão e Rafael Maduro, e com uma professora, Laura Edith. 

“Miram Maduro, minha ex-colega de IEA e faculdade chegou com os filhos, disse que viu o movimento para a futura escola e decidiu trazê-los pois precisava e confiava em nosso trabalho” disse o fundador Paulo Corrêa. 

A escola cresceu e em 2005 houve uma grande ampliação de estrutura para o modelo em funcionamento, do berçário até o Ensino Fundamental 1 (limite ao 5º ano). Atualmente o CEPI tem 130 alunos, um deles é o Carlos Almeida, de oito anos. Ele é uma criança atípica, tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e está na escola há quatro anos. O pai, engenheiro de software, Mário Almeida, disse que o filho se sente em casa e que isso contribui muito para que o desenvolvimento da criança. 

“Os padrões familiares são extremamente respeitados. Isso faz com que a criança tenha um exemplo tanto de casa quanto na escola. Nosso filho fala que só vai sair da escola quanto terminar todos os anos letivos aqui, ainda tem três anos pela frente” disse o pai. 

Segundo o coordenador pedagógico do centro de edução, Cláudio Corrêa, esse tipo de abordagem é uma marca do modelo de gestão do CEPI. O Acompanhamento desde o berçário e o atendimento individualizado, pioneiro na capital do Amazonas, é a chave do sucesso educacional. Cláudio explicou que a comunicação entre todos os envolvidos no processo é fundamental para que haja aproveitamento não apenas pedagógico, mas emocional. 

A maioria das crianças passa 12h na escola e por isso o quadro de colaboradores precisa ir além dos profissionais de educação. O CEPI conta com um psicólogo e uma nutricionista que auxiliam nos atendimentos individualizadas para os alunos; enquanto eles tem alimentação balanceada - defendida pelo coordenador como um dos critérios para que haja melhor rendimento dos estudantes - recebem todo o apoio emocional para que entendam seus sentimentos e os das pessoas ao redor. 

“A gente se preocupa se a criança se diverte, se ela socializa com outras. O trabalho da inteligência emocional é para preparar nossos alunos para a vida” disse Cláudio Corrêa 

Esse tipo de atenção e foco não é exclusivo para os estudantes, também se aplica as famílias. O contato e intimidade na relação entre escola e lar é uma das bases do modelo de ensino. O coordenador explicou que não se trata de interferir na autonomia ou autoridade de pais e mães, mas sim na proposta de “todos falarem a mesma língua” em nome do bem estar emocional das crianças. O descanso e um sono de qualidade estão entre os assuntos mais cobrados pela instituição para que não haja prejuízos no rendimento ou desenvolvimento educacional. 

(Junio Matos/ACRÍTICA)

Celebração dos 45 anos 

Depois de ficar mais perto da metade de um século, o CEPI reafirma seu compromisso em renovar as formas de promover o ensino sem abandonar a essência que foi forjada em 1979, com aqueles dois alunos. O centro de educação não pensa em expandir para o Ensino Fundamental 2, mas aumentar a qualidade do modelo que é exitoso. Para os próximos anos, os diretores esperam celebrar o sucesso dos alunos, não apenas as conquistas acadêmicas, mas as pessoais também. 

 No aniversário de 45 anos, a tradicional festa no SESI Clube do Trabalhador, no bairro São José, Zona Leste de Manaus, aconteceu neste sábado (06), entre 19h e 22h. Todos os anos há um tema e dessa vez o escolhido foi “CEPI na roça”. O coordenador explicou que não se trata especificamente de uma festa junina, mas da junção do modo de vida das pessoas que vivem no interior dos estados brasileiros. 

“Aqui a gente tem o ribeirinho, lá no sul vai ter a boiada, no nordeste vai ter o sertão… vamos dar a ideia de como é esse tipo de vida rural, as crianças muita vezes só tem ciência da vida urbana” disse. 

Ao todo serão nove apresentações de danças típicas feitas por turmas diferentes do centro de educação, todos participam, até mesmo o berçário. Outro ponto destacado é que a festa não se limita aos estudantes matriculados no local, muitos ex-alunos e seus pais também são convidados para reviver todo o vínculo que foi criado. Se espera que haja a presença de 400 pessoas.

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