Greve na educação

Profissionais da educação do Amazonas completam uma semana de greve

Profissionais da educação devem botar pressão, hoje, na ALE-AM, e cobrar reunião com representantes do governo

Giovanna Marinho
25/05/2023 às 07:55.
Atualizado em 25/05/2023 às 07:55

(Foto: Divulgação)

A Comissão de Educação e a base governista da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) vão intermediar a retomada das negociações entre os representantes dos profissionais da educação e o Governo do Estado. A categoria, que requer uma série de melhorias salariais, entre elas um reajuste de 25%, completou uma semana de greve nessa quarta-feira (24).

“Estivemos agora conversando com os representantes da categoria e a gente, como parlamentar, eu, Cabo Maciel e outros colegas, iremos nos dirigir para tratar com a sede do governo para ver se a gente consegue avançar nesse pleito”, disse o líder do governo, Felipe Souza (Patriota).

Em nota divulgada na tarde de terça-feira, o governo condicionou a retomada do diálogo ao retorno dos profissionais às atividades. Em reunião na semana passada, foi ofertada uma contraproposta de 8% de reajuste da data-base aos servidores, que foi recusada em assembleia-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam).


A presidente do Sinteam, Ana Cristina, reforçou que a ida à sede do governo com os parlamentares é uma tentativa de que a reunião, marcada para quinta-feira (25), possa ocorrer normalmente.

“Nós vamos aguardar, mas a categoria continua em greve. Inclusive, a categoria diz que não terá arrego, porque o que precisamos do governo do estado, além do respeito, é a valorização dos trabalhadores da educação do estado do Amazonas”, reforçou Ana Cristina.

 
O governo também ofereceu a retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço, e negociação referente ao fim da ação pública, desde que a greve fosse encerrada. A paralisação foi considerada ilegal pelo desembargador Domingos Chalub do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), que definiu multa de R$ 30 mil para o sindicato a cada dia de paralisação.

Ao longo da semana, mais municípios aderiram ao movimento grevista, e hoje chega a 54 municípios em todo o Amazonas. Segundo Ana Cristina, o condicionamento proposto pelo governo de que as negociações só continuassem mediante o fim da greve mobilizou ainda mais servidores. A expectativa é que a paralisação ganhe força e mais adeptos nos próximos dias.

“Estamos pedindo o cumprimento da lei, pois enquadramento, valorização da carreira, tudo está na lei. É só isso que precisamos, e é só isso que o governo do estado precisa fazer”, declarou a sindicalista.

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