Os postos de Manaus elevaram o combustível de R$ 5,99 para R$ 6,29, nesta sexta-feira (30). O reajuste leva em consideração o retorno da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins) sobre gasolina e diesel
(Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Após ignorarem uma redução de R$ 0,22 no preço do litro da gasolina na Refinaria da Amazônia (Ream), postos de combustíveis de Manaus elevaram o combustível de R$ 5,99 para R$ 6,29, nesta sexta-feira (30). O reajuste leva em consideração o retorno da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins) sobre gasolina e diesel.
O valor de R$ 5,99 ficou congelado por um mês, mesmo com a refinaria anunciando consecutivas reduções, inclusive nesta sexta-feira. Em 1º de junho, as distribuidoras e postos também foram beneficiados com uma redução de R$ 0,10 no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas ainda assim mantiveram o preço da gasolina igual.
A redução no ICMS ocorreu, porque passou a valer a alíquota fixa padrão de R$ 1,22 por litro em todo o país. O Amazonas, que tem alíquota de 20% do ICMS, cobrava R$ 1,31 por litro, logo precisou reduzir o imposto para se adequar à nova padronização.
Até o início da noite desta sexta, a reportagem verificou alguns postos de Manaus vendendo a gasolina a R$ 5,99. Outros já haviam reajustado o preço para R$ 6,99.
O novo valor já está sendo praticado em postos da capital amazonense (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Quando estava em R$ 5,99, a gasolina de Manaus já era considerada a mais cara entre as capitais do país, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 18 e 24 de junho. O Segundo lugar fica para Rio Branco (R$ 5,97) e o terceiro para Porto Velho (R$ 5,92).
Nesta sexta-feira, a Petrobras também reduziu o preço da gasolina de R$ 2,65 para R$ 2,52, redução de aproximadamente R$ 0,14. O valor, porém, não vale para o Amazonas, que é abastecido pelo combustível comprado da Refinaria da Amazônia, privatizada.
Os impostos federais (PIS/Cofins) estavam suspensos desde 2021 por meio de uma Medida Provisória (MP) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outra MP foi publicada pelo presidente Lula (PT) em janeiro, mas perdeu a validade na última quarta-feira (28).
A reportagem tenta contato desde a semana passada com o Sindicato Estadual do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis-AM). O espaço continua aberto para manifestações. Ainda tentamos entrevistar o diretor-presidente do Instituto de Defesa do Consumidor do amazonas (Procon), Jalil Fraxe.