Desligamentos ocorridos nos últimos dias foram atribuídos ao forte calor que atinge o país
Radyr Oliveira, diretor técnico de interior e de relações institucionais da Amazonas Energia (Foto: Jeiza Russo)
O diretor técnico de interior e de relações institucionais da Amazonas Energia, Radyr Oliveira, afirmou que a empresa não planeja fazer racionamento de energia elétrica em nenhum município do Amazonas. Segundo ele, os desligamentos ocorridos em Manaus e no interior nos últimos dias são pontuais.
Com relação às usinas do interior, Radyr Oliveira afirmou que todas estão abastecidas, “estão trabalhando todo dia para manter o fornecimento de energia, apesar de muita dificuldade”. Segundo ele, já há pelo menos 300 mil pessoas sofrendo com a estiagem, “comunidades completamente isoladas, mas ali nós estamos com o fornecimento de energia regular”.
O diretor afastou a possibilidade de desabastecimento nas unidades de geração do interior do estado que, embora não sejam de propriedade da Amazonas Energia, possuem contratos para que a empresa faça a distribuição.
Oliveira ressaltou que as maiores usinas do interior, de Itacoatiara e Parintins, já estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o que deve afastar o risco de desabastecimento.
Oliveira relatou que, nessa segunda-feira (16), o Amazonas atingiu o recorde de consumo registrado de energia: 1819 megawatts. O crescimento de 6% em relação ao ano passado foi impulsionado especialmente pela onda de calor que atinge a região desde o início de agosto, que também pode afetar os equipamentos de distribuição de energia, provocando quedas e apagões.
Ele deu como exemplo um caso recente ocorrido no início da Ponte Jornalista Phelippe Daou, a Ponte Rio Negro, em que atearam fogo abaixo da linha de transmissão que leva energia para o município de Manacapuru.
Sobre o apagão ocorrido na zona Norte de Manaus no início de setembro, Radyr Oliveira relatou que houve um problema na subestação de Cachoeira Grande, mas que não tinha informações de o problema ter durado mais de dois dias apesar de relatos de moradores.
Ele relembrou que o faturamento de energia no Brasil está sob a influência da bandeira vermelha 1, que aumenta o preço da conta de luz em R$ 4,46 a cada 100 kilowatts consumidos por hora e pediu que os consumidores permaneçam atentos para não ter “uma conta muito grande no final do mês”.