Fechamento

Pioneer anuncia fechamento em Manaus e sindicato busca MTE e Suframa

Saída da empresa do Polo Industrial de Manaus deixa 149 funcionários diretos desempregados

Lucas dos Santos
29/01/2025 às 14:53.
Atualizado em 29/01/2025 às 14:53

(Foto: Reprodução)

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, afirmou que buscará o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para tratar do destino de 149 trabalhadores diretos da Pioneer, que anunciou o fechamento de sua fábrica instalada na capital.

A data exata do fechamento não foi definida, mas a expectativa é de que as instalações encerrem suas atividades nos próximos dois meses, segundo a secretária-geral do Sindmetal-AM, Dulce Sena.

De acordo com Valdemir Santana, houve uma reunião entre o sindicato e o setor de recursos humanos da empresa, onde descobriu que a diretoria em Manaus não possui poder decisório, o qual pertenceria à sede da empresa na cidade de São Paulo.

“Nós não vamos aceitar esse tipo de coisa errada, porque nós estamos aqui em Manaus, tem que ter uma pessoa que tenha poder de resolver o problema aqui. Eles ganham incentivo fiscal e agora vão deixar a ver navios? Não, não vão deixar, o sindicato não vai deixar. Nós estamos marcando, oficializando uma reunião com o Ministério do Trabalho, na Suframa. Essa empresa tem mais de 30 anos aqui, vai embora e não dá satisfação nenhuma?”, questionou.

O presidente informou à reportagem que ainda não tem conhecimento das razões que levaram a Pioneer a decidir pelo fechamento da fábrica no Polo Industrial de Manaus. Apesar de possuir uma sede em São Paulo, a empresa é uma multinacional japonesa com sede oficial em Tóquio.

“As pessoas que estão aqui, que foram reunir conosco, falaram que não têm poder de resolver nada. Eles estão fechando, não sabem nada. A informação que eu tenho é que não avisaram a Suframa. Agora, nós queremos sentar com que pode resolver o problema”, disse.

A fábrica foi inaugurada em Manaus no ano de 2003 e manteve seu foco na produção de equipamentos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo. O destaque vai para aparelhos de som para veículos e aparelhos de reprodução de DVD. Até outubro de 2024, a empresa possuía 208 funcionários em Manaus.

Na época, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, visitou as instalações da fábrica localizada na avenida Torquato Tapajós. Durante a visita, o gerente geral Hélio Nonaka destacou a importância da Zona Franca de Manaus para o crescimento da empresa no Brasil, salientando que o principal produto fabricado na planta é o autorrádio, com uma produção média mensal de 35 mil aparelhos. 

"Estamos nesta unidade desde 2008 e, todo ano, investimos entre R$ 5 a 7 milhões na modernização e atualização de nossos equipamentos e processos”, explicou Nonaka.

Apesar disso, Valdemir Santana afirma que a Pionner desde o ano passado tinha planos de encerrar as atividades da fábrica em Manaus. Os motivos e quem tomou a decisão ainda não ficaram claros. A reportagem tentou contato com a sede da Pionner no Brasil, mas não obteve sucesso até o fechamento desta matéria.

Procurado por A CRÍTICA, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, afirmou que a autarquia visitará a Pionner na próxima semana “e só então se reunirá com a diretoria que atua em Manaus”.

“Nesta oportunidade, saberemos os detalhes do encerramento das atividades na Zona Franca de Manaus. A informação que temos é de que o encerramento das atividades se deu por decisão de investidores do Japão”, explicou.

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