Verão Amazônico

Sol intenso em Manaus indica início do 'verão amazônico' e trabalhadores já sentem o impacto

Meteorologistas explicam o fenômeno e as previsões para a semana

Lucas Motta
online@acritica.com
17/06/2024 às 11:25.
Atualizado em 17/06/2024 às 11:25

(Foto: Junio Matos)

O Amazonas entra em período de transição para o verão amazônico e chuvas devem se concentrar na região norte do estado a partir desta segunda-feira (17). 

Desde a última semana, a intensidade do sol em Manaus tem sido sentida na pele, principalmente pelos trabalhadores que atuam expostos aos raios solares. O ajudante de pedreiro Caio Lacerda procura qualquer sombra no canteiro de obras para se proteger. 

“O calor está muito forte e a gente tem que se esconder na sombra. Eu também uso muito protetor solar, tô sempre de chapéu e camisa de manga cumprida”, disse o trabalhador.

 Essa sensação de calor acima da média pode ser explicada pelo período do ano conhecido como “verão amazônico”. Segundo o meteorologista Leonardo Vergasta, ele começa neste mês de junho e vai até outubro. 

“A gente tem uma diminuição gradativa do regime de chuva na região. Consequentemente, tem menos nuvens e aí tem mais radiação solar chegando à superfície, aumentando as temperaturas ao longo dos meses”, explicou Vergasta.

O meteorologista também explicou que a Amazônia central é dividida em dois momentos popularmente chamados de “verão” ou “inverno” amazônico. Eles são períodos secos e chuvosos, respectivamente, e ocorrem porque a radicação solar sobre a região é constante ao longo do ano, o que não possibilita a existência das quatro estações, além do 'verão' e 'inverno', a primavera e outono. 

Para a semana, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) é de temperatura mínima de 25°C e máxima variando entre 33°C e 34°C. Quanto à chuva, a meteorologista do INMET, Andrea Mendes, explicou que o mês de junho já alcançou (e ultrapassou 1%) o esperado com 117,3 milímetros, e que a concentração deve ser no norte do Amazonas. 

“As chuvas no estado estão concentradas próximo de Roraima e também na 'Cabeça do Cachorro' [região de São Gabriel da Cachoeira]. São as com volume mais significativo, mas não se descarta chuvas em Manaus”, disse Andrea Mendes.

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