Combate ao Câncer

O câncer afeta a vida sexual das mulheres?

Doença é a segunda principal causa de morte no mundo, afirma a Organização Pan-Americana da Saúde

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04/02/2023 às 13:46.
Atualizado em 04/02/2023 às 13:48

(Foto: Reprodução)

Neste sábado, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Combate ao Câncer, campanha criada pela União Internacional do Controle do Câncer (UICC), com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca mostrar a importância de termos um mundo com acesso a serviços de câncer melhores e mais justos para todos. Esta data alerta e incentiva o diagnóstico precoce da doença, que é a segunda principal causa de morte no mundo, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde.

O câncer afeta a rotina de muitas formas, além da saúde física, a psicológica também é abalada. No caso das mulheres, os efeitos colaterais das quimioterapias - tratamento essencial para pacientes oncológicos -, vão além dos enfrentados pelos homens, como, por exemplo, o ressecamento vaginal e a falta de libido. De acordo com uma pesquisa realizada pela Breast Cancer Now, 46% - ou seja, quase metade - das mulheres em tratamento de câncer de mama apresentam dificuldades sexuais, incluindo secura vaginal, dor e perda da libido. O estudo identificou ainda que, para dois terços das mulheres (66%) com esses problemas, as dificuldades na hora do sexo causam impacto negativo em seu bem-estar geral.

É comum para quem está enfrentando um período difícil questionar-se sobre sua sensualidade e a capacidade de despertar desejo no parceiro. Estabelecer uma relação com seu próprio corpo e com sua sexualidade é primordial para mulheres que estão em tratamento, uma vez que este impacta na disposição e autoestima das figuras femininas, que são expostas a momentos delicados para sua autoimagem. Neste contexto, é necessário manter um posicionamento sincero consigo mesma, falando sobre a maneira como se sente e admitindo suas sensações como naturais e parte do processo que está vivenciando.

A ginecologista Dra. Roberta Grabert avalia que a libido é a força geradora da vida e não apenas importante na relação sexual. Por isso, estar bem e confortável na intimidade é fundamental. As pacientes oncológicas sofrem com o ressecamento vaginal e algumas até com o encurtamento do canal vaginal. “A saúde da vagina e da vulva precisam ser pensadas em todas as fases, inclusive durante a quimioterapia. O uso do lubrificante é fundamental e é importante destacar que todas as medicações e hidratantes utilizados no interior da vagina devem ser à base de água sempre”, explica.

Novos tratamentos

Dentre as novas ferramentas que proporcionam maiores chances de sucesso no tratamento está o modelo “Organóides Derivados de Pacientes” (PDOs). Trata-se de um cultivo celular que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo.

“Em linhas gerais, os organóides são estruturas pequenas criadas em laboratório que imitam a função dos tecidos e órgãos humanos, como coração e pulmão, por exemplo, e também têm se mostrado eficientes como “clones” de tumores. A partir desse conhecimento científico avançado, podemos hoje criar em laboratório um organóide tumoral gerado a partir das células cancerígenas específicas de cada paciente e testar as respostas a diferentes alternativas terapêuticas”, concluiu Mariano Zalis, Diretor de Genômica da OC Precision Medicine.

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