Com um protocolo de segurança é possível garantir a saúde bucal sem comprometer a saúde cardiovascular do paciente
O cirurgião dentista Marcelo de Sá e o cardiologista Marcus Grangeiro (Foto: Divulgação)
A hipertensão é uma condição médica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para aqueles que lidam com essa pressão arterial elevada, procedimentos odontológicos podem se tornar uma preocupação adicional. No entanto, o cirurgião dentista Marcelo de Sá e o cardiologista Dr. Marcus Grangeiro explicam que, com o devido cuidado e colaboração, é possível realizar tratamentos dentários de forma segura e eficaz, mesmo em pacientes hipertensos.
O Dr. Marcelo de Sá, destaca que a segurança reside na parceria entre dentistas e cardiologistas. O primeiro passo é aferir a pressão arterial do paciente no pré-cirúrgico. Além disso, é fundamental ter em mãos um laudo de liberação do cardiologista, que desempenha um papel vital no monitoramento e na gestão da saúde cardiovascular do paciente.
O cardiologista Dr. Marcus Grangeiro concorda e enfatiza a necessidade de os pacientes estarem cientes de sua condição de hipertensão. “Por vezes a hipertensão arterial apresentada pelo paciente no momento da consulta ou de um procedimento dentário está relacionada à tensão emocional que o mesmo experimenta. Assim, um acolhimento adequado e uma avaliação mais detalhada com exames específicos (MAPA por exemplo), podem definir melhor se este paciente de fato não tem a pressão controlada e direcionar para o ajuste da medicação ", disse.
Outro ponto importante que o cirurgião dentista ressalta é o cuidado com a anestesia. Marcelo explica que em pacientes com pressão arterial muito elevada, é importante evitar anestésicos que contenham adrenalina. Isso ocorre porque a adrenalina pode aumentar os batimentos cardíacos e o fluxo sanguíneo, resultando em uma pressão arterial ainda mais alta.
O cardiologista enfatiza a importância de realizar protocolos de segurança personalizados para cada paciente hipertenso. “Pacientes hipertensos até estágio 1 (pressão abaixo de 160/100 mmHg) podem realizar um procedimento dentário simples, desde que sopesados risco e benefício. Acima deste nível, o ideal é procurar o cardiologista para ajuste terapêutico”, explica.
A relação de parceria entre a odontologia e a cardiologia ainda adentra outro ponto importante: Marcelo de Sá ressalta sobre a doença periodontal, caracterizada pelo acúmulo de bactérias na cavidade bucal, que merece uma atenção especial. Ele afirma que essas bactérias podem causar inflamação e sangramento nas gengivas, o que representa um risco adicional para pacientes hipertensos. Isso ocorre porque as bactérias bucais podem entrar na corrente sanguínea, potencialmente gerar complicações graves.
Os dois profissionais da saúde concordam que há ainda muitos pormenores quando se trata de tratamentos odontológicos em pacientes com hipertensão, por isso, reafirmam a parceria de profissionais da área conversarem entre si. O médico cardiologista Dr. Marcus Grangeiro está presente nas redes sociais compartilhando conteúdos importantes no perfil @drmarcusgrangeiro. O cirurgião dentista Dr. Marcelo de Sá também compartilha casos de sucesso e curiosidades, além de responder dúvidas pelo @dr.marcelodesa.