Cotidiano

Polícia Civil adia conclusão do inquérito sobre a queda das pontes na BR-319

Desabamento da primeira ponte completou seis meses nesta terça-feira (28)

Waldick Júnior
online@acritica.com
28/03/2023 às 15:31.
Atualizado em 28/03/2023 às 15:31

(Foto: Junio Matos)

A Polícia Civil do Amazonas estendeu o prazo para conclusão do inquérito que apura as responsabilidades sobre a queda de duas pontes na BR-319, entre setembro e outubro do ano passado. O primeiro desabamento, que deixou cinco mortos, completa seis meses nesta terça-feira (28). 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), o inquérito ainda não foi finalizado, porque a Polícia Civil aguarda o recebimento de informações por parte dos órgãos envolvidos, dentre eles, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Além disso, há vítimas e testemunhas que ainda precisam ser ouvidas.

Segundo uma fonte da Polícia Civil que acompanha o inquérito, o DNIT não retornou a pedidos de informação dos investigadores, o que também contribuiu para o adiamento da conclusão do caso.  Na semana passada, o órgão informou à reportagem que aguarda o fim do inquérito para procurar os familiares das vítimas.

Filho da servidora Maria Viana Carneiro, que morreu na tragédia, o motorista Paulo Magno critica a falta de informações e demora no fim das investigações. “Já fez seis meses e nada das autoridades nos procurarem ao menos para darmos algum relato. Esse inquérito tá demorando muito. Ninguém nos procura, não falam nada, não nos procuram”, afirma ele.

Em janeiro deste ano, o DNIT contratou uma investigação própria para buscar um diagnóstico sobre a queda das pontes. A apuração está sendo realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a previsão é que seja finalizada em outubro deste ano.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a atuação no caso está dividida em duas esferas. No âmbito penal, o órgão pediu acesso ao inquérito policial para analisar as repercussões criminais dos acontecimentos.

Já na esfera civil, o MPF instaurou um inquérito a partir de representação (denúncia) noticiando má conservação de trecho da BR-319. “O objetivo, no caso desse campo de atuação do MPF, é acompanhar as políticas de reconstrução e reestruturação e apurar os danos coletivos”, informa o órgão.

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