Entrevista

Caso Silvanilde: perito vê indícios de que assassino supostamente conhecia vítima

De acordo com Ricardo Grana, além de não haver sinais de furto, arrombamento, nem de luta corporal, toda a ação ocorreu apenas em um cômodo da casa

Michael Douglas
online@acritica.com
24/05/2022 às 20:26.
Atualizado em 24/05/2022 às 20:26

Silvanilde Ferreira Veiga conhecia a pessoa que acabou a assassinando a golpes de faca em condomínio residencial de luxo no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. Isso é o que presume o perito criminal Ricardo Grana, do Instituto de Criminalista do Amazonas, sendo ele o primeiro perito a chegar no local do crime ainda na madruga de domingo. Em entrevista ao programa Alerta Amazonas, com o apresentador Sikêra Jr, da TV A CRÍTICA, ele afirma que a cena do crime, bem como os demais indícios do crime, leva a crer que a vítima e o criminoso – ainda desconhecido – se conheciam. 

“Pode-se presumir que sim [que Silvanilde conhecia o assassino]. A investigação que ainda vai determinar isso daí, mas pela ausência de arrombamento e luta, presumimos que seja alguém conhecido”, afirma o perito.  

De acordo com o profissional, além de não haver sinais de furto, arrombamento, nem de luta corporal, toda a ação ocorreu apenas em um cômodo da casa.  

“A dinâmica das manchas de crime não nos permite dizer que ela se deslocou. Foi tudo no mesmo local, talvez ela tenha tentado fugir antes, mas realmente não dá para dizer. Só podemos dizer que não houve uma luta”, ressalta. 

“Por se tratar de um golpe de arma branca, no pescoço, onde acaba tendo muito sangue o que nos faz esperar que tenha muito sangue pela casa e não foi o caso. Procuramos bastante por manchas de sangue e marcas de luta do local, mas só tinha ali próximo da vítima. Procuramos também identificar o deslocamento do assassino, principalmente para sair do local, mas nós não conseguimos observar isso. Foi ação rápida e ele logo se evadiu do local”, relata o profissional. 

De acordo com o perito, a servidora do Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Amazonas (TRT-AM) foi atingida com 12 golpes de faca na parte da lateral direita do pescoço, além de tido atingida por outra facada na parte da frente do pescoço. Perto dela, foram encontradas duas facas: uma parecida com um punhal e outra serrilhada.  

Ainda segundo Ricardo Grana, a equipe de perícia não teve acesso as mensagens enviadas pela servidora para a filha, mas ele acredita que tais mensagens devem ter sido enviadas pouco antes do crime. 

“Se houve [o envio da mensagem] foi logo antes dela receber os golpes, porque não tem condição dela ter recebido os golpes e ainda ter pedido socorro”, enfatiza o perito criminal.

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