Você sabe quais indicações reais de cesárea ?

Humaniza Coletivo Feminista
Humaniza Coletivo Feminista
17/02/2020 às 23:19.
Atualizado em 24/03/2022 às 22:08

Hoje abordaremos sobre os reais casos de cesárea.

Com base em estudos e evidências científicas e, com a ajuda de uma médica conhecida nacionalmente por abordar o tema.

São muitos os mitos que levam as mulheres a acreditarem que necessitam de uma intervenção cirúrgica para o recebimento do seu bebê, os mais comuns são: quadril estreito ou largo demais, não houve dilatação ou o recorrente "não teve passagem".

Entretanto, existem evidências científicas que comprovadamente indicam quais os casos em que há a necessidade da cirurgia, e é sobre isso que iremos falar hoje.

A médica obstetra, Melania Amorim, publicou um texto intitulado "Indicações Reais e Fictícias de cesariana"  em seu blog "Estuda, Melania, estuda", e de lá extraímos as informações abaixo.

Dividimos os casos em três grupos: o primeiro onde a indicação é definitiva e real, o segundo que indica quais casos podem necessitar da medida no transcorrer do trabalho de parto, e por fim, os casos do terceiro grupo que dependem da avaliação profissional e da expectativa da gestante após receber as informações do seu caso e suas condições clínicas.

O primeiro grupo, dos casos que precisam ser acolhidos pela cirurgia, é: Prolapso de Cordão  (primeiro ou segundo estágio do trabalho de parto (dilatação ou expulsivo); Descolamento prematuro de placenta (fora do período expulsivo); Placenta prévia parcial ou total; Apresentação córmica durante o trabalho de parto; Ruptura de vasa prévia; Herpes Genital com lesão ativa no inicio do trabalho de parto.

Além disso, os casos que devem ser diagnósticados pelos profissionais através de um monitoramento satisfatório: Desproporção cefaloélvica (destaca-se que a identificação intraparto); Frequência cardíaca não tranquilizadora (Sofrimento Fetal); Parada de progressão do trabalho de parto que não se resolve com as intervenções.

E, por fim, o terceiro grupo que requer atenção e conduta individualizada a cada caso: Apresentação Pélvica; Duas ou mais cesáreas anteriores; HIV/AIDS*.

O nascimento é um acontecimento universal, e, por isso, é importante pontuar que o simples compartilhamento das evidências é fundamental para que todas as mulheres possam obter as informações essenciais para sua autonomia e a elaboração de seu plano de parto.

A popularização do olhar científico e humanizado do parto é responsabilidade de todos. Compartilhar informações que tenham comprovação científica pode proteger muitas mulheres das intervenções e desneCesáreas.

*De acordo com o Ministério da Saúde, gestantes soropositivas com carga viral desconhecida ou maior que 1.000 cópias/mL após 34 semanas de gestação, é escolhida por via de regra a cesárea eletiva na 38ª semana de gestação por razão da diminuição do risco de transmissão vertical do HIV. E, para as gestantes em uso de antirretrovirais e com supressão da carga viral sustentada, caso não haja indicação de cesárea por outro motivo, a via de parto vaginal pode ser indicada (BRASIL, 2015).

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