Moradores do São Lázaro contabilizam prejuízos após temporal que alagou mais de 50 casas
Moradores da região fizeram uma manifestação na localidade, queimaram colchões na via, porém foram contidos por policiais militares
Tradição inconveniente: período das chuvas é sinônimo de alagamentos em bairros periféricos de Manaus (Foto: Paulo Bindá)
Mais de 50 casas ficaram alagadas nesta segunda-feira (30), em becos da rua Magalhães Barata, no bairro São Lázaro, Zona Sul de Manaus. Moradores da região fizeram uma manifestação na localidade, queimaram colchões na via, porém foram contidos por policiais militares da 7ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
O autônomo Adglaiton Maia, 45, relatou que mesmo com uma contenção improvisada a força do igarapé da localidade “arrebentou” tudo e deixou a casa do filho dele toda alagada.
Adglailton Maia esteve na casa do filho, que foi tomada pela água da chuva. Ele relata que teve que usar um balde para retirar parte da lama (Foto: Paulo Bindá)
“Da última vez que aconteceu isso, só furaram um buraco por aqui para sair a água. Dessa vez estamos tirando a água com um balde”, relatou Maia.
Segundo a dona de casa, Ana Maria, 50, dessa vez a forte chuva deixou os colchões e a geladeira da residência dela alagados.
Dona de casa, Ana Maria se vê sem alternativas para contornar as perdas. Segundo ela, geladeira e colchão ficaram completamente inundados (Foto: Paulo Bindá)
O morador da região, Wangerney Souza Maia, 50, explicou que não tem mais nada em casa devido as constantes alagações na residência. “Está difícil essa situação, pois todas as vezes quebra alguma coisa. Nossa casa está toda acabada e alagou tudo novamente”, disse.
A Defesa Civil de Manaus informou, por meio da assessoria de imprensa, que não foi notificada sobre o acidente nas residências.
Prédio em risco
A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) informou que, por meio da Central 199 recebeu, na manhã de segunda, uma ocorrência no bairro Educandos, em que um prédio de cinco pavimentos estaria em risco de desabar.
A equipe técnica de engenharia da Defesa Civil foi até o local e atestou que o imóvel apresenta riscos reais e por isso foi interditado pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e Defesa Civil do município, acionando também a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), uma vez que o imóvel impacta outros dois ao lado, para verificar se as famílias têm perfil para serem inseridas no programa Auxílio Aluguel.
Confira mais registros do efeito da chuva no local pelo repórter fotográfico Paulo Bindá: