Parlamentares como o vereador Capitão Carpê (Republicanos) e o agora deputado federal Amom Mandel (Cidadania) criticaram a proibição
O protesto reuniu centenas de motociclistas que se viram ameaçados de perder o trabalho de motorista por APP sobre duas rodas (Foto: Junio Matos)
A manifestação de motociclistas que atuam no serviço de corridas por aplicativos, que fecharam um trecho da Av. Brasil, bairro Compensa, em frente a Prefeitura de Manaus, na manhã desta sexta-feira (3), repercutiu entre os políticos que atuam nas três esferas do Poder Legislativo.
Vereador Capitão Carpê (Republicanos), que já foi motoboy, considerou a proibição da atividade na capital um “absurdo”. Segundo ele, com o “pretexto de falta de regulamentação” milhares de trabalhadores são prejudicados.
Na mesma rede social, o algoz do prefeito David Almeida (Avante) enquanto esteve vereador, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) não perdeu a oportunidade e criticou a gestão municipal. Ele ainda convocou os seguidores a denunciar prejuízos aos motociclistas causados pela suspensão do serviço.
A questão chegou inclusive à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). O deputado estadual, Sinésio Campos (PT) pregou o diálogo para solução do impasse e considerou “radical” a apreensão de motocicletas, denunciada pelos trabalhadores.
“Sobre essa situação das apreensões das motos de aplicativos, ocorridas hoje em grande escala em Manaus, acredito que a prefeitura só encontrará uma solução através do diálogo, pois no momento é necessário encontrar uma saída que beneficie a todos. Pegar as motos de aplicativos desta forma tão radical tira o direito que muitos possuem de trabalhar, já que a moto é fonte de renda de inúmeros amazonenses”, disse.
Ao menos 500 motociclistas fecharam as pistas no sentido bairro da Av. Brasil durante o protesto contra a proibição do serviço de transporte de duas rodas por aplicativo, que só ocorreu 8 meses após a liberação da função pela Uber e foi desencadeada pela guerra da prefeitura de São Paulo com os apps de transporte.
Na capital amazonense, o transporte remunerado privado individual de passageiros por meio de aplicativos ou plataformas de comunicação em rede está disciplinado na Lei 2.486/2019. A lei não cita veículos de duas rodas.
Em nota, no entanto, o IMMU informou que o serviço em duas rodas é irregular, e alegou que o aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas preocupa a gestão municipal, mas negou a realização de apreensão de veículos.
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