ASSUNTO DO DIA

Manifestação de motociclistas de corridas por APP domina debate entre políticos do Amazonas

Parlamentares como o vereador Capitão Carpê (Republicanos) e o agora deputado federal Amom Mandel (Cidadania) criticaram a proibição

Giovanna Marinho
online@acritica.com
03/02/2023 às 13:34.
Atualizado em 03/02/2023 às 14:30

O protesto reuniu centenas de motociclistas que se viram ameaçados de perder o trabalho de motorista por APP sobre duas rodas (Foto: Junio Matos)

A manifestação de motociclistas que atuam no serviço de corridas por aplicativos, que fecharam um trecho da Av. Brasil, bairro Compensa, em frente a  Prefeitura de Manaus, na manhã desta sexta-feira (3), repercutiu entre os políticos que atuam nas três esferas do  Poder Legislativo. 

Vereador Capitão Carpê (Republicanos), que já foi motoboy, considerou a proibição da atividade na capital um “absurdo”. Segundo ele, com o “pretexto de falta de regulamentação” milhares de trabalhadores  são prejudicados. 

“Fui motoboy por 10 anos e sei o quanto a profissão é árdua e merece reconhecimento da Prefeitura. Se existe algum problema legal, que seja resolvido antes, sem impedir essas pessoas de trabalharem”, lamentou Carpê no Twitter.

Na mesma rede social, o algoz do prefeito David Almeida (Avante) enquanto esteve vereador, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) não perdeu a oportunidade e criticou a gestão municipal. Ele ainda convocou os seguidores a denunciar prejuízos aos motociclistas causados pela suspensão do serviço. 

“A Prefeitura entregou, neste momento, um prêmio de consolação para os motociclistas que foram impedidos de trabalhar com a desculpa de que ‘não é regulamentado’. Pessoas que não tem outra alternativa. O trabalho não para", ironizou Mandel.

A questão chegou inclusive à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). O deputado estadual, Sinésio Campos (PT) pregou o diálogo para solução do impasse e considerou “radical” a apreensão de motocicletas, denunciada pelos trabalhadores.

“Sobre essa situação das apreensões das motos de aplicativos, ocorridas hoje em grande escala em Manaus, acredito que a prefeitura só encontrará uma solução através do diálogo, pois no momento é necessário encontrar uma saída que beneficie a todos. Pegar as motos de aplicativos desta forma tão radical tira o direito que muitos possuem de trabalhar, já que a moto é fonte de renda de inúmeros amazonenses”, disse. 

O protesto

Ao menos 500 motociclistas fecharam as pistas no sentido bairro da Av. Brasil durante o protesto contra a proibição do serviço de transporte de duas rodas por aplicativo, que só ocorreu 8 meses após a liberação da função pela Uber e foi desencadeada pela guerra da prefeitura de São Paulo com os apps de transporte. 

Na capital amazonense, o transporte remunerado privado individual de passageiros por meio de aplicativos ou plataformas de comunicação em rede está disciplinado na Lei 2.486/2019. A lei não cita veículos de duas rodas. 

Em nota, no entanto, o IMMU informou que o serviço em duas rodas é irregular, e alegou que o aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas preocupa a gestão municipal, mas negou a realização de apreensão de veículos.

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