Manaus

Integrantes de grupos folclóricos de Manaus realizam ato em frente à Manauscult

De um lado, um grupo reivindicava a participação na 64ª edição do Festival Folclórico do Amazonas. Do outro lado, representantes de grupos folclóricos alegam que esse grupo não tem credenciamento para participar do evento

Amariles Gama
online@acritica.com
25/05/2022 às 18:55.
Atualizado em 25/05/2022 às 19:04

(Foto: Amariles Gama)

Integrantes de grupos de dança de Manaus fizeram um ato público, na tarde desta quarta-feira (25), em frente à Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), situada na Avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus. De um lado, um grupo reivindicava a participação na 64ª edição do Festival Folclórico do Amazonas. Do outro lado, representantes de grupos folclóricos alegam que esse grupo não tem credenciamento para participar do evento. 

O tesoureiro da Liga Independente dos Grupos Folclóricos de Manaus (LIGFM), José Arimateia, afirma que o impasse entre os integrantes acaba atrapalhando o evento, e apesar de sustentar que os grupos que pedem participação não têm credenciamento, ele ressaltou que um acordo poderia resolver o dilema. A LIGFM é detentora de 126 grupos folclóricos de Manaus, destes, 95 grupos irão participar do Festival Folclórico esse ano, segundo Arimateia. 

“Nós estamos aqui para dizer que somos solidários, nós queremos o festival e que seja um evento de paz. A outra associação está indo contra porque tem alguns grupos que não participaram do certame e querem participar, e não foram contemplados juridicamente, aí estão revoltados, gritando, esperneando. Mas mesmo assim, a gente sensível a essa situação estamos aqui para tentar contornar e fazer o festival que como prometido será um dos melhores”, disse Arimateia.

Já a presidente do Grupo Daraj, Karina Nunes, que faz parte da Liga das Quadrilhas Juninas do Amazonas (Liquajuam), defende a participação de três grupos de dança na 64ª edição do festival. A associação alega que outros seis grupos foram beneficiados indevidamente e irão participar do evento de forma irregular. A assessoria da Manauscult nega a informação. 

“Alguns grupos foram colocados pra dentro do festival de forma irregular. A atual direção da Manauscult começou fazendo errado desde o sorteio [da ordem de apresentação]. Quando eles fizeram o sorteio misturaram as duas categorias bronze e prata, e ficou uma bagunça geral. Apareceram seis danças que pelas normas do regulamento do edital estariam fora”, defendeu a dirigente.

“Porque quando você deixa de se apresentar um ano você está automaticamente fora e só volta no próximo edital. Na hora desse sorteio algumas danças que não apareciam há muito tempo apareceram durante o sorteio. Aí o povo endoidou, porque nós temos algumas quadrilhas que tem mais de 15 anos que pleiteiam uma vaga de entrar no festival e não foram contempladas e ficaram de fora, e entraram como convidadas”, completou Karina.

A assessoria de comunicação da Manauscult afirma, porém, que todas as danças que irão participar da 64ª do festival folclórico estão devidamente habilitadas e passaram por todos os critérios de participação. Ainda segundo a assessoria, os três grupos de dança que reivindicam espaço dentro do festival não tem credenciamento.

Os manifestantes se dispersaram e encerraram o ato após o anúncio, feito pelo tesoureiro da LIGFM José Arimateia, de que um acordo havia sido selado entres os dirigentes. Eles resolveram criar uma categoria de “aspirantes”, onde 15 grupos apresentados por cada Liga irão concorrer esse ano, e os grupos vencedores devem ascender a categoria bronze em 2023.

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