Abstinência

Manauaras falam sobre a abstinência da rede social Twitter / X e comentam sobre a sua substituta

A plataforma, conhecida por suas atualizações em tempo real e debates acalorados, tornou-se um ponto de encontro virtual para expressar opiniões, compartilhar informações e se conectar com amigos.

Gabriel Machado
bemviver@acritica.com
28/09/2024 às 13:18.
Atualizado em 28/09/2024 às 13:18

(Foto: Agência Brasil)

Com a recente queda do Twitter, muitos manauaras estão sentindo o impacto da ausência da rede social que, antes, ocupava um espaço central em suas rotinas digitais. A plataforma, conhecida por suas atualizações em tempo real e debates acalorados, tornou-se um ponto de encontro virtual para expressar opiniões, compartilhar informações e se conectar com amigos.

Agora, diante da incerteza sobre seu futuro, os ex-usuários da rede social estão buscando alternativas para preencher o vazio deixado. A jornalista Camila Henriques é uma das amazonenses que vêm lidando com essa ausência. Ela, que tinha um perfil no Twitter há pelo menos 15 anos, usava a plataforma para diversas finalidades.

"Primeiro, para reclamar da vida. Mas, depois, [o Twitter] virou um instrumento legal para divulgação do meu trabalho como crítica de cinema", revelou ao BEM VIVER TV.

Desde que a rede social foi derrubada no país, assim como diversos brasileiros, a jornalista migrou para a plataforma similar Bluesky. "Criei um perfil no Bluesky no dia seguinte ao fim do Twitter/X e lá estou. Ainda estou achando as pessoas que eu seguia", contou.

Apesar de acreditar na volta do "finado" Twitter, ela confessa que deve ficar pela nova rede social. "Sinto falta de acompanhar os perfis de cinema de fora, mas, tirando isso, não faz muita falta, não. Até porque as melhores @ de lá eram do Brasil [risos]".

Ela tem usado o Bluesky mais para ler do que para escrever - o que fazia, também, no Twitter. "Muito pelo pavor de viralizar e atrair comentários de ódio. Não sei se ele consegue se firmar, porque imagino que, com a volta do Twitter/X, muita gente deve retornar para lá", disse Camila.

Entretanto, a jornalista elogiou a substituta do Twitter. "Estou achando bem legal. Virou um substituto mesmo, e me parece mais organizado em algumas coisas e, em outras, ainda dá para melhorar, como a parte das notificações. Ainda sinto falta de alguns perfis que seguia no Twitter/X e que não migraram para o Bluesky, mas acredito que, logo, os reencontrarei".

 Abstinência

 Também usuária do Twitter há 15 anos, a jornalista Suelen Gonçalves conta que estranhou os primeiros dias sem a plataforma. "Abria o app por hábito. Foi muito tempo fazendo isso, várias vezes ao dia, mas desapeguei logo e apaguei o aplicativa", pontuou.

Ela utilizava a rede social, majoritariamente, para se informar, conversar com os amigos e comentar sobre coisas do dia a dia. "Achei que as pendências seriam resolvidas antes do Twitter cair, de fato. Mas, depois que foi derrubado, fui atrás de outra rede que tivesse função similar", afirmou Suelen, que também migrou para o Bluesky.

"Fiz a conta quando o Twitter ainda estava ativo para ver como era, e a interface é bem similar, mesmo faltando algumas funções. Meus amigos e eu comentamos que parecia ser bom e fomos nos seguindo lá", completou a jornalista.

Diferentemente de Camila, ela não é tão esperançosa quando o assunto é o retorno do Twitter. "O dono do aplicativo não mostrou ter interesse em regular seu uso no país e lá se propagava muita informação falsa, não adiantava denunciar os posts que violavam regras de má conduta, como indução a violências, misoginia e afins, porque as contas não caíam".

Entretanto, tem aproveitado a sua queda para fazer um "detox" da rede. "Estou usando [o Bluesky] com muito menos frequência do que usava o Twitter, mas abro algumas vezes ao dia. Acho que não vai ser tão forte quanto era o Twitter, porque muitos usuários migraram para outras plataformas", finalizou.

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