ANIMAIS PEÇONHENTOS

Cuidado com a cobra: período de cheia dos rios aumenta riscos de acidente

Primeiras seis horas após picada são cruciais para um bom atendimento; veja onde procurar ajuda em caso de acidentes

acritica.com
26/12/2022 às 09:24.
Atualizado em 26/12/2022 às 09:24

De janeiro a junho, risco de acidentes é maior (FOTOS: Girlene Medeiros / FVS-RCP)

O primeiro semestre do ano é o período em que mais são registrados acidentes com animais peçonhentos, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). No Amazonas, esse é o período de cheia dos rios, que requer cuidados da população para evitar esse tipo de acidente.

Os dados levantados de janeiro a novembro de 2022 apontam o registro de 2.870 casos, mostrando uma redução de 6,6% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 3.073 casos. Desse total, os meses com maior índice estão entre janeiro e junho.

Segundo o gerente de Zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Deugles Cardoso, a cheia dos rios requer cuidados, especialmente, com acidentes ofídicos (por serpentes) que são os mais comuns nessa época do ano. “O uso de botas de borracha cano longo pode reduzir até 80% dos acidentes com serpentes”, destaca Deugles, que também é veterinário.

A maior incidência de casos se justifica pela proximidade dos animais com a área de terra. “Os animais estão se aproximando das áreas secas. Quando a área de várzea está totalmente inundada, a tendência é desses animais peçonhentos procurarem espaço próximo e nas residências”, destacou Cardoso. 

Atendimento

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, o paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima para o atendimento. Em Manaus, os atendimentos são realizados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

Deugles destacou, ainda, que, em caso de acidentes, é imprescindível que a vítima seja encaminhada para o serviço público de saúde. “No caso das serpentes, é muito importante que esse paciente chegue, no mínimo, seis horas depois da agressão. A cada hora que passa a tendência é a intoxicação agravar”, alerta o veterinário.

Casos frequentes

As serpentes lideram o número de acidentes registrados em 2022 (até novembro), com 1.786 registrados, representando mais de 62% dos casos. Em seguida, aparecem os escorpiões, com 478 registros de acidentes. Com aranhas, foram 250 casos.
 
Acidentes com lagartas, abelhas e outros representam o restante dos casos, totalizando 356 casos.

Escorpionismo

Em segundo nos registros, os acidentes com escorpiões também representam preocupação para a vigilância em saúde.

Deugles Cardoso destaca que existem dois públicos que precisam de atenção redobrada. “Temos uma preocupação muito maior quando acontece com crianças até 9 anos e idosos, que são as duas faixas etárias mais preocupantes. É preciso ter uma atenção redobrada. Todo e qualquer acidente é passível de observação, porque todo escorpião intoxica”, afirmou.

  

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